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Após matéria proibida pelo STF, Bolsonaro defende liberdade de expressão

Postagem no Twitter do presidente ocorre um dia depois de o ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinar que matéria citando Dias Toffoli fosse retirada do ar

postado em 16/04/2019 14:54
Jair BolsonaroO presidente Jair Bolsonaro publicou, nesta terça-feira, mensagem no Twitter na qual diz respeitar a autonomia dos poderes, mas com a resslava de que sempre será favorável à liberdade de expressão, um direito "legítimo e inviolável", segundo ele.

"Acredito no Brasil e em suas instituições e respeito a autonomia dos poderes, como escrito em nossa Constituição. São princípios indispensáveis para uma democracia. Dito isso, minha posição sempre será favorável à liberdade de expressão, direito legítimo e inviolável", escreveu o presidente

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A publicação ocorre no mesmo dia em que um inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar supostas fake news contra a Corte levou ao cumprimento de mandados de busca contra o general Paulo Chagas e outras pessoas e um dia depois de o ministro Alexandre de Moraes determinar que o portal O Antagonista e a revista Crusoé retirassem do ar uma reportagem em que o presidente da Corte, Dias Toffoli, era citado. Na decisão, que está em segredo de Justiça, Moraes determinou que a Polícia Federal intimassem jornalistas dos veículos para que prestassem depoimento em até 72 horas.

A matéria em questão trazia citações do delator Marcelo Odebrecht, ex-presidente da construtora Odebrecht, segundo o qual o codinome "O amigo do amigo do meu pai", citado em mensagens trocadas por ele com outros executivos da empreiteira, se referia a Toffolli. No comentários da postagem de Bolsonaro, vários internautas relacionaram a mensagem ao episódio envolvendo o STF e as duas publicações.

Dodge pede arquivamento

Pouco depois da postagem de Bolsonaro, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu o arquivamento do Inquérito n; 1.781, aberto por Toffoli. Na manifestação enviada ao STF, Dodge destaca que os autos ainda não chegaram ao Ministério Público, mas que decidiu pelo arquivamento para "preservar o sistema jurídico". Mais tarde, o pedido foi rejeitado pelo ministro Alexandre de Moraes.

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