O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes minimizou a situação sobre a decisão de retirar do ar matéria veiculada pela revista Crusoé e o site O Antagonista segundo a qual o presidente da Suprema Corte, Dias Toffolli, foi mencionado como "amigo do amigo do meu pai" em delação de Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira. Em Portugal, durante o VII Fórum Jurídico de Lisboa, Moraes afirmou que ;não há prejuízo para o Supremo; no episódio, que repercutiu durante a semana passada.
Além disso, o ministro confirmou que as investigações no inquérito aberto para analisar fake news e ameaças contra os ministros do STF devem continuar. "Nós vamos continuar investigando, principalmente as ameaças aos ministros do STF;, disse.
"Isso ocorre diuturnamente na Justiça brasileira. Quando há uma notícia que, em princípio, como a Procuradoria-Geral atestou, não existia, você cautelarmente determina que cesse aquela ofensa", argumentou.
Moraes reforçou que o alvo principal da investigação não são as "críticas" ou "ofensas" à Suprema Corte, mas sim as ameaças que surgiram contra os magistrados que compõem a Corte. "Até porque isso é muito pouco para que o Supremo precisasse investigar", justificou.
Na última quinta-feira, Alexandre de Moraes voltou atrás na determinação que tirava do ar a matéria que criticava o Ministro Dias Toffolli. Em 14 de março, foi aberto o inquérito que investiga essas ameaças e já foram expedidos alguns mandados de busca e apreensão. Um dos alvos do inquérito foi o general Paulo Chagas, que concorreu para o governo do Distrito Federal no ano passado.