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Sesc no Piauí aguarda aval de Bolsonaro para dar nome a escola

A iniciativa causou polêmica, mas o presidente da entidade no estado garantiu que, após autorização do Planalto, placa será colocada

Luiz Calcagno
postado em 15/08/2019 16:42

Bolsonaro visitou as instalações e pediu que instituição de ensino fosse batizada com seu nome A tentativa de batizar uma escola do Serviço Social do Comércio (Sesc) em Parnaíba (PI) com o nome de Jair Bolsonaro se concretizará após um parecer de assessores jurídicos da Presidência da República. Segundo o presidente do Sesc no estado, Francisco Valdeci Cavalcante, não houve desistência e nenhuma repercussão negativa. Apenas uma demora por parte de Brasília para dar o aval. "Não queria também colocar o nome do presidente e, depois, ele questionar porque eu fiz isso antes da sua autorização", explicou.


Valdeci contou que Bolsonaro esteve no município em 12 de julho e, na visita, após conhecer as instalações da instituição de ensino nos moldes militares, o presidente perguntou se poderia batizá-la com o nome dele. "É uma escola com a pedagogia do Sesc e um modelo de disciplina mais militar. Esses alunos ficarão no colégio em tempo integral, vão estudar pelo menos duas línguas estrangeiras, dois instrumentos musicais e dois esportes. Somos referência esportiva. Temos alunos com medalhas nas Olimpíadas e no Pan", disse o representante dos comerciários.

Na quarta-feira, Bolsonaro esteve em Parnaíba e participou da inauguração do colégio. Até a semana, a escola tinha sido batizada com o nome dele, mas o letreiro foi retirado pelo presidente do Sesc do Piauí por conta de uma polêmica: um advogado pediu à Justiça Federal naquele estado que barrasse a concessão do nome do presidente ao centro de ensino.


Aulas


[SAIBAMAIS]Alunos terão ainda aulas de educação moral e cívica, lógica, hasteamento de bandeira e formação empresarial. "Os alunos são filhos de comerciários. Nós queremos que eles se transformem em empresários. O presidente gostou do quadro e perguntou se poderíamos botar o nome, se era legal. Eu disse que pode. Somos pessoa jurídica de direito privado e não recebemos R$ 0,01 de dinheiro público. Então, não tem problema. Ele disse que ia examinar. Nós terminamos a escola, a placa com o nome dele, tudo. Mas, até hoje não chegou uma carta do presidente dizendo se aceita colocar o nome", explicou.

"Eu fiquei de conversar com ele ontem. Eu perguntei e o presidente disse que soube da decisão judicial a respeito, mas que tinha que ouvir a assessoria jurídica. Estamos aguardando esse comunicado. O nome dele está mantido. Foi aprovado por unanimidade pelo conselho nacional do Sesc. Ele vai consultar a assessoria jurídica;, detalhou Valdeci. A escola funcionará no Edifício Osório Miranda, repassado pela prefeitura ao Sesc e reformado pela entidade.

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