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Bolsonaro diz que não pretende brigar com ninguém na Assembleia da ONU

Em transmissão na internet, Bolsonaro disse que prepara um discurso conciso e patriótico para abrir a Assembleia da ONU, na próxima terça-feira

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (19/9), em live no Facebook, que o discurso que fará na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na terça-feira (24/9), terá o intuito de defender a soberania nacional. A ida do presidente a Nova York foi confirmada na quarta-feira (18/9).

"(Vou) Falar com patriotismo, falando em soberania nacional, essa que sempre esteve ameaçada", afirmou Bolsonaro, que se disse preparando para discursar para os outros chefes de Estados. "Claro que vou ser cobrado, porque dizem que eu sou culpado pelas queimadas. Estou me preparando para o discurso, bastante objetivo, diferente de outros presidentes que me antecederam. Vou falar sobre como anda o Brasil."

O presidente sustentou a teoria de que há uma campanha negativa sobre a Amazônia movida a interesses de outros países. "Se eu resolvesse, amanhã, assinar decretos para demarcar 20 reservas indígenas, o incêndio acabaria imediatamente. Eles estão comprando a Amazônia. Fico triste com brasileiros me atacando pelas queimadas na Amazônia", sustentou. Mesmo assim, garantiu que, embora saiba que vai enfrentar "alguns problemas", não vai "brigar".

Live mais curta e armas

A transmissão aconteceu pouco mais de uma semana depois da cirurgia de correção de uma hérnia pela qual o presidente passou. Por isso, o presidente moderou no tempo, falando por cerca de 20 minutos, interrompidos algumas vezes por tosses.

"Ainda não é a live que eu queria, ainda tenho algumas restrições", explicou. Além de abordar o discurso na ONU, o presidente comemou a sanção da lei que amplia a posse de armas para produdores rurais. "Se tiver dificuldade para comprar, ligue para a gente que vamos ver se tem alguém atrapalhando", comunicou.