Politica

Mandetta e Caiado se reúnem em Goiânia após visita a hospital de campanha

Ao deixar obra do hospital de Águas Lindas, onde também estava o presidente Jair Bolsonaro, ministro da Saúde rumou para a capital goiana com o governador de Goiás

Correio Braziliense
postado em 11/04/2020 17:08
Caiado e MandettaO ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), viajou para Goiânia (GO) com o governador do
estado, Ronaldo Caiado (DEM) neste sábado (11/04). Os dois saíram juntos da visita ao hospital de campanha de Águas Lindas, no Entorno do Distrito Federal, e se reuniram na residência oficial do governador. O evento na obra foi marcado pela Presidência da República. A unidade hospitalar é a primeira da União para o combate ao novo coronavírus e deverá atender apenas pacientes com a Covid-19.

No local, ao ser questionado se mantém a defesa ao ministro, Caiado disse que Mandetta é seu amigo. O chefe da pasta de Saúde, minutos depois, fez questão de parar ao lado do governador e afirmar que no Congresso Nacional fez apenas um amigo: Ronaldo Caiado. Mandetta é deputado federal desde 2011, tendo se licenciado para assumir o cargo de ministro. Os dois são correligionários, médicos e contra as posições de Bolsonaro sobre isolamento.

Durante a visita a Águas Lindas, o presidente Jair Bolsonaro voltou a descumprir as recomendações de distanciamento socialaproximando-se de pessoas que estavam aglomeradas no local. Bolsonaro chegou de máscara, mas a retirou ao cumprimentar a população. O contágio pelo coronavírus se dá por gotículas respiratórias (fala, tosse e espirro, por exemplo). 

A relação entre Bolsonaro e Mandetta está crítica há semanas, quando o primeiro defendeu o fim de medidas restritivas de isolamento, chegando a chamar o coronavírus de "gripezinha". A crise atingiu o ápice na última segunda-feira (6/4), quando foi divulgado pelo jornal O Globo que o presidente iria demitir o ministro naquele dia. 

Servidores do ministério fizeram grande movimentação e ficaram na porta do órgão federal. Ao fim do dia, entretanto, Mandetta afirmou que ficaria e voltou a repetir que "médico não abandona paciente". 

O vínculo de Caiado com o presidente também está estremecido. Depois do pronunciamento de Bolsonaro, no último dia 24, no qual ele minimizou a pandemia, estimulou o fim do isolamento e criticou governadores, Caiado se pronunciou dizendo que sempre foi "aliado de primeira hora", mas que não pode "concordar concordar com um presidente que vem a público sem ter consideração com os seus aliados". 

"As declarações do presidente não atravessam as fronteiras de Goiás e não atingem os goianos", disse na ocasião. Neste sábado, entretanto, Caiado evitou críticas diretas a Bolsonaro

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