A dor de ouvido em bebês é um sintoma que costuma gerar preocupação entre os responsáveis, especialmente por ser algo difícil de identificar nos primeiros meses de vida. Como os pequenos ainda não conseguem expressar exatamente o que sentem, qualquer sinal de desconforto pode ser motivo de apreensão. Os primeiros indícios geralmente surgem por meio do choro mais intenso, irritabilidade e até dificuldades para dormir ou mamar.
Nessa faixa etária, problemas como infecções no ouvido médio, conhecida como otite, estão entre as causas mais comuns desse incômodo. Mudanças bruscas de temperatura, exposição prolongada à água ou mesmo simples resfriados podem desencadear esse tipo de dor. Entender os motivos e saber como agir faz toda a diferença para que os bebês se recuperem rapidamente e de forma segura.
Dor de ouvido em bebês: como identificar os principais sinais?
Os sintomas, na maior parte das vezes, não se apresentam de maneira clara como aconteceria com crianças mais velhas ou adultos. Em bebês, manifestações como agitação, tendência a tocar ou puxar as orelhas, recusa alimentar e episódios de sono interrompido podem indicar uma possível dor auricular. É fundamental observar também se há febre, secreção saindo do ouvido ou mau cheiro, elementos que sugerem infecção.
- Choro persistente: principalmente ao deitar ou mamar.
- Irritabilidade: acompanhada de dificuldade para consolar o bebê.
- Ato de coçar ou puxar a orelha: gesto que pode indicar dor localizada.
- Febre: nem todos os casos apresentam elevação da temperatura, mas quando ocorre pode ser superior a 38°C.
- Secreção no ouvido: presença de líquido sugere perfuração do tímpano associada a infecção.
O que pode causar dor de ouvido em bebês?
Existem diversos fatores capazes de provocar incômodos nessa região em crianças pequenas. Entre os mais comuns destaca-se a otite média, que ocorre devido a infecções ou inflamações por vírus ou bactérias, frequentemente associadas a quadros de gripe ou resfriado. O acúmulo de secreção trazido por essas doenças pode migrar até o ouvido, levando ao quadro doloroso.
Outros fatores incluem exposição ao frio intenso, uso inadequado de cotonetes ou entrada de água durante o banho. A anatomia do ouvido do bebê, com canais auditivos mais curtos e horizontais, facilita o surgimento de desequilíbrios nessa região. Por isso, medidas preventivas são importantes para evitar episódios recorrentes.
O que fazer quando o bebê apresenta dor de ouvido?
Ao constatar possíveis sintomas de dor de ouvido em um bebê, o mais indicado é procurar orientação médica. Somente o profissional conseguirá identificar a causa precisa e recomendar o tratamento adequado. Nunca se deve administrar medicamentos, gotas ou outros remédios sem prescrição pediátrica, já que isso pode agravar o quadro clínico ou mascarar infecções mais graves.
- Mantenha o bebê confortável: evite deitar a criança totalmente horizontal e prefira mantê-la levemente elevada para aliviar a pressão na região do ouvido.
- Ofereça líquidos: a hidratação auxilia no alívio de sintomas causados por resfriados concomitantes.
- Não utilize objetos no ouvido: como cotonetes ou soluções caseiras, para não aumentar o risco de lesões.
- Acompanhe o quadro: observe a evolução dos sintomas e busque atendimento de imediato diante de febre alta, secreção ou dor muito intensa.
Quando é necessário levar o bebê ao médico imediatamente?
Alguns sinais indicam a necessidade de atendimento médico urgente. Febre persistente acima de 39°C, presença de secreção amarelada ou com sangue, além de apatia ou choro inconsolável que não melhora com medidas habituais são motivos para buscar um pronto-socorro pediátrico. Quanto mais rápida for a avaliação, menores os riscos de complicações.
No contexto de dor de ouvido, o diagnóstico e o acompanhamento profissional são fundamentais para determinar as causas exatas, recomendar o uso correto de antibióticos quando preciso e garantir a recuperação adequada da criança. Atenção aos sintomas e ações orientadas por profissionais qualificados colaboram para a saúde e conforto dos bebês.
