Caso Carrefour

Promotoria do RS busca indenização de dano moral coletivo por assassinato

Em um outro inquérito, promotoria investigará a política de direitos humanos do Carrefour. Rede de supermercados tem dez dias para se manifestar

Natália Bosco*
postado em 25/11/2020 16:02 / atualizado em 25/11/2020 16:03
 (crédito: Reprodução)
(crédito: Reprodução)

A Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos de Porto Alegre instaurou nessa terça-feira (24/11) dois inquéritos civis relacionados à morte do soldador João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, que foi espancado e morto no supermercado Carrefour, em Porto Alegre, na última quinta-feira (19). Um dos inquéritos foi aberto com o intuito de investigar a política de direitos humanos do Carrefour, o outro visa buscar reparação pelo dano moral coletivo. Os demais procedimentos criminais do caso seguem normalmente.

Em nota oficial, a promotora responsável pelas apurações Gisele Müller Monteiro explicou a abertura dos inquéritos: “Visa claramente, de início, a reparação, já que evidenciado o dano moral coletivo, e diz respeito à situação na íntegra, englobando todo o fato, tudo que ocorreu nesse dia, todos os atos que culminaram, então, com a sua morte".

Sobre o inquérito que irá investigar a política de direitos humanos no grupo Carrefour, a promotora disse que a intenção é perceber qualquer tipo de preconceito, discriminação ou intolerância e que tem relação com os funcionários, colaboradores e clientes.

“Na portaria de instauração já foi determinada a notificação da empresa para que se manifeste sobre o que já existe e o que irá adotar que inclua políticas de direitos humanos, visando eliminar qualquer tipo de intolerância, preconceito ou discriminação”, contou a promotora.

O Carrefour tem dez dias para se manifestar.

Prisão

A fiscal do Carrefour Adriana Alves, que aparece nas imagens que mostram o soldador sendo agredido até a morte, foi presa nessa terça-feira (24). A prisão é temporária — ou seja, tem o prazo de 30 dias. A mulher será indicada por homicídio triplamente qualificado, segundo a Polícia Civil, assim como os dois seguranças, Giovane Gaspar, que é policial militar temporário, e Magno Borges, presos em flagrante na última quinta-feira (19).

*Estagiária sob supervisão de Andreia Castro

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