COVID-19

Pazuello diz a prefeitos que vacinação deve começar em 20 de janeiro

Data foi anunciada pelo ministro nesta quinta-feira (14/1) aos gestores municipais. Segundo prefeitos, horário marcado para início da imunização é às 10h

Sarah Teófilo
Bruna Lima
Maria Eduarda Cardim
postado em 14/01/2021 12:19 / atualizado em 14/01/2021 13:18
 (crédito: Tony Winston/MS)
(crédito: Tony Winston/MS)

A Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) informou nesta quinta-feira (14/1) que o Ministério da Saúde definiu para o dia 20 de janeiro, próxima quarta-feira, a data de início da vacinação no país. Esse seria o “Dia D” da vacinação, com horário previsto de início da imunização para as 10h. Segundo a frente, o anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e cumpre o prazo mais otimista para começar a campanha.

A data será esta caso a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprove um dos imunizantes (de Oxford/Astrazeneca e a CoronaVac/Sinovac) com pedido de uso emergencial. Ambos os casos serão analisados no próximo domingo (18) pela Anvisa. 

Segundo o presidente da Frente, Jonas Donizette (PSB), ex-prefeito de Campinas (SP), se houver algum problema de logística em relação às doses da vacina de Oxford/AstraZeneca vindas da Índia,a data de início ficará para o dia 21, quinta-feira. Ele e diversos prefeitos se reuniram na manhã desta quinta-feira com o ministro Pazuello e outros representantes da pasta para discutir o assunto.

Pelo Twitter, o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), afirmou que, segundo Pazuello, a previsão é que essas doses cheguem aos estados na segunda-feira (18). O ministério havia anunciado que elas seriam buscadas nesta quinta-feira (14), mas a data de saída da aeronave do Brasil mudou para sexta-feira (15). Já os 6 milhões de imunizantes da CoronaVac, que vieram da China, seriam distribuídos na terça-feira (19), para iniciar a vacinação no dia seguinte.

Conforme o prefeito, o ministro ainda deu previsão de outras 30 milhões de doses de vacina para o mês de fevereiro. O presidente da FNP, Jonas Donizette, disse que a previsão é que sejam aplicadas 80 milhões de doses até abril.

Na última quarta-feira, o secretário-executivo do ministério, coronel Elcio Franco, afirmou que a vacinação começaria em todas as capitais simultaneamente, mas que não seria possível esperar que chegassem as doses a todos os municípios para dar início à imunização. Gean Loureiro, entretanto, afirmou que na reunião foi confirmada que “não há essa priorização”. “Chegarão igualmente para as cidades”, escreveu.

A corrida pela vacina virou uma disputa política entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), seu provável opositor nas eleições de 2022. Depois que o governo de SP anunciou início da vacinação para o dia 25, o governo federal tem corrido para começar o processo antes. Como divulgado ontem pelo Correio, a Saúde planeja para a próxima terça-feira, dia 19, uma cerimônia para dar início ao plano.

Está marcada para esta data uma reunião do Ministério da Saúde com governadores, que deveria ter acontecido na última terça-feira (12), mas foi postergada para o dia 19. A cerimônia seria meramente simbólica, com a vacinação de duas pessoas do grupo prioritário, um profissional da saúde e um idoso acima de 75 anos, como sendo um ‘pontapé’ do processo de imunização.

Número de doses

Presidente da Frente, Jonas Donizette afirmou que as 8 milhões de doses previstas serão distribuídas a 5 milhões de brasileiros. Segundo ele, a vacina de Oxford/Astrazeneca será aplicada uma vez, com um intervalo de três meses para a outra dose. Já a CoronaVac, o intervalo é menor, de 21 dias, e serão enviadas aos municípios já as duas doses a serem aplicadas.

"Então, serão duas milhões de pessoas imunizadas pela AstraZeneca e três milhões pela CoronaVac", explicou. O ministro Pazuello vinha falando sobre a possibilidade de aplicar apenas uma dose inicialmente, para alcançar mais pessoas. A informação foi reforçada na última quarta-feira (13) pelo secretário-executivo da pasta, coronel Elcio Franco. Eles haviam anunciado que o governo estudava a aplicação de apenas uma dose inicialmente, para alcançar mais pessoas.

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