CORONAVAC

Pazuello diz que Coronavac trará tranquilidade de não agravar doença

Ao contrário do presidente, que chegou a ironizar o insumo, o ministro ressaltou que o imunizante pode reduzir a chance de internação em UTI ou a necessidade de uso de respiradores

Ingrid Soares
postado em 14/01/2021 22:35
 (crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
(crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, defendeu, nesta quinta-feira (14/01), que a vacina CoronaVac trará a tranquilidade de não agravar os quadros da doença causada pelo novo coranavírus. Questionado a respeito do percentual de eficácia do imunizante, de 50,83%, apresentado, nesta semana, pelo Instituto Butantan, que produz a vacina em parceria com o laboratório chinês Sinovac, e, ao contrário do presidente Jair Bolsonaro, que chegou a ironizar o insumo, o ministro ressaltou que o imunizante pode reduzir o número de casos graves da covid-19.

"Quando a gente observa o que quer dizer a eficácia, que existe uma regra clara da eficácia mínima e do que a vacina pode nos dar de positivo, não, não há problema algum com relação à eficácia com relação à eficácia se nós olharmos por esse ângulo. A vacina do Butantan vai ser muito importante, se aprovada pela Anvisa, porque ela vai nos trazer a tranquilidade também de não agravar a doença. Ou seja, as pessoas que tomarem a vacina pelo menos não terão a doença agravada, não cairão numa UTI ou num respirador", apontou Pazuello, durante live ao lado de Bolsonaro.

Segundo o general, serão utilizadas todas as vacinas aprovadas pela Anvisa. Já Bolsonaro ironizou, ontem, CoronaVac. A apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, o chefe do Executivo questionou: “Essa de 50% é uma boa ou não?”.

Na semana passada, o governo paulista e o Butantan anunciaram eficácia da CoronaVac de 78%, para casos leves, e de 100%, para casos graves. Os números, entretanto, são recortes do estudo. Ao observar toda a amostra, chega-se à eficácia geral, principal indicador da pesquisa e cujo número é menor.

Desta forma, os números mostram que a vacina reduz pela metade o risco de desenvolver a doença, mesmo em casos muito leves (que não precisam de atendimento médico). O índice atende à eficácia mínima recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 50%. 

Também ontem, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) rebateu o mandatário e afirmou que ele "brinca de ser presidente". 

"Lamentável a declaração do presidente Bolsonaro sobre a vacina do Butantan. Ao invés de comemorar o fato do Brasil ter um imunizante seguro e eficaz para combater a pandemia, ele ironiza a vacina. Enquanto brasileiros perdem vidas e empregos, Bolsonaro brinca de ser presidente”, concluiu.

 

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