PANDEMIA

Mesmo contrário à obrigatoriedade de máscaras, Queiroga orienta uso

O ministro da Saúde justificou que o país "já tem lei demais" e que a política de saúde "na base da imposição" não funciona. "Uso de máscaras é fundamental", reforça

Bruna Lima
postado em 03/04/2021 15:30 / atualizado em 03/04/2021 15:35
 (crédito: AFP/Evaristo Sa)
(crédito: AFP/Evaristo Sa)

Atrelado aos esforços pela ampliação vacinal, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pediu à população brasileira que comemore a Páscoa em casa, sem realizar aglomerações. Fazendo forte defesa ao uso de máscaras, o médico, por outro lado, se posicionou contrário à obrigatoriedade do uso por força de lei. "Não adianta fazer isso na base da imposição. Não vai conseguir. Já tem lei demais nesse país", disse.

A fala ocorreu após reunião com fabricantes de vacina e autoridades internacionais da área, realizada no Ministério da Saúde, neste sábado (3/4). Também contrário ao lockdown como uma política de saúde, Queiroga tem defendido ações de mitigação mais brandas. "O uso de máscaras é fundamental. Para tanto é necessário que haja a adesão da população. A higiene das mãos, com água e sabão, uso de álcool gel, distanciamento regulamentar entre as pessoas, evitar aglomerações, ampliar a capacidade de testaagem e identificação de casos, bem como seus contatos", enumerou.

Para conseguir reduzir a transmissão do vírus, o ministro pediu aos brasileiros que, neste feriado de Páscoa, não realizem aglomerações e nem deixem de fazer o bom uso das máscaras. Como prioridade, Queiroga frisou que a campanha de vacinação é a estratégia. "O problema é a carência de vacina, não só no Brasil, mas um problema mundial. Até países desenvolvidos encontram dificuldade".

Ao lado de Queiroga, a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no Brasil, Socorro Gross, frisou a necessidade da população aderir às orientações do ministério, enquanto o mundo esbarra na limitação de vacinas. "Temos que ganhar tempo para que essa produção, que nós precisamos, a nível mundial, possa chegar no Brasil".

 

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