Pandemia

Ministro da Saúde diz que decisão sobre liberação de cultos deve ser cumprida

Decisão do ministro Kássio Nunes Marques, publicada no último sábado (3/4), autorizou celebrações religiosas em todo o Brasil em meio ao pior momento da pandemia

Maria Eduarda Cardim
postado em 05/04/2021 16:50 / atualizado em 05/04/2021 16:54
 (crédito: AFP/Evaristo Sa)
(crédito: AFP/Evaristo Sa)

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, comentou nesta segunda-feira (5/4) a polêmica decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Kássio Nunes Marques, que liberou a realização de celebrações religiosas em meio ao pior momento da pandemia no Brasil. Mesmo tendo defendido o distanciamento social e expressado preocupação com o feriado da Semana Santa, Queiroga afirmou que a decisão do magistrado deve ser cumprida. Nesta tarde, o ministro Gilmar Mendes negou o pedido do PSD para que as igrejas fossem reabertas em São Paulo, indo contra o entendimento de Nunes Marques.

"Decisão judicial ninguém discute, cumpre-se", declarou o cardiologista após se reunir com o presidente Jair Bolsonaro. A reunião com o chefe do Executivo não estava prevista na agenda pública de Bolsonaro divulgada mais cedo, mas o compromisso foi incluído em uma atualização na tarde desta segunda. O encontro durou de 9h30 às 10h10.

Bolsonaro e Queiroga devem viajar juntos a Chapecó, Santa Catarina, ainda nesta semana. O presidente relatou que fará uma visita ao prefeito João Rodrigues (PSD), que tomou posse em janeiro. Segundo o mandatário, Rodrigues "um trabalho excepcional" em meio à pandemia ao defender o uso do tratamento precoce com medicamentos sem eficácia comprovada.

Ponto de risco

Na última semana, o ministro da Saúde manifestou preocupação com o feriado da Semana Santa. "Esta Semana Santa é um ponto forte de risco", frisou o médico, durante audiência pública da comissão que trata dos temas de enfrentamento à pandemia, no Senado.

Na ocasião, Queiroga pediu a colaboração da sociedade para reduzir os riscos de contaminação durante o feriado. "Para conseguirmos reduzir esta calamidade pública, nós temos de investir nas medidas de redução da circulação do vírus, evitar aglomerações, distanciamento social, uso das máscaras", enumerou.

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