PANDEMIA

Nove estados pedem à Anvisa a liberação da importação da Sputnik V

Farmacêutica União Química complementou parte dos dados que foram solicitados pela agência, a fim de dar prosseguimento à análise da liberação do uso emergencial no país

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu, nesta quinta-feira (1º/4), pedidos de nove estados para autorizar a importação de doses da vacina russa Sputnik V. As solicitações ocorrem no mesmo dia em que a agência recebeu os documentos complementares para dar prosseguimento à análise do uso emergencial do imunizante no país.

Os pedidos foram encaminhados pela Bahia, Acre, Rio Grande do Norte, Maranhão, Mato Grosso, Piauí, Ceará, Pernambuco e por Sergipe. Para embasar o pedido, os estados se valeram dos termos da Lei nº 14.124, de 10 de março de 2021, que autoriza a análise, em caráter excepcional e temporário, de imunizantes que já possuem aval por agências reguladoras reconhecidas. A Sputnik V está registrado perante ao Ministério da Saúde da Rússia e tem autorização de uso em 58 países.

Para deliberar sobre o pedido, a Anvisa vai reunir os responsáveis das cinco diretorias da agência com os governadores dos estados que entraram com a demanda. "O que deverá ocorrer na próxima semana”, diz a nota da agência.

Os técnicos também avaliam a solicitação de uso emergencial do imunizante no país e obtiveram mais uma remessa de documentos, referente à lista de todos os locais onde a vacina está ou será fabricada. “O material enviado já esta sendo avaliado pela equipe técnica para verificar o atendimento às pendências anteriormente detectadas”, afirma a Anvisa, completando que ainda há dados pendentes a serem apresentados. “Dessa forma, o prazo de sete dias úteis permanece suspenso até a apresentação da documentação faltante”.

O pedido de uso emergencial foi protocolado em 26 de março pela União Química, responsável pela produção da Sputnik V em território brasileiro. Já na terça-feira (30/3), a farmacêutica apresentou o lote piloto do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) gerado no Brasil, o que alavanca a possibilidade desta ser a primeira vacina produzida do zero em território nacional em uso no país.

O Ministério da Saúde já firmou contrato para a compra de 10 milhões de doses prontas da Rússia e negocia mais oferta a partir da produção nacional.Em iniciativa interestadual coordenada, o Consórcio Nordeste também articulou novas compras, em um total de 37 milhões de unidades, que também devem ser incorporadas ao Programa Nacional de Imunização (PNI).

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