Vacinação contra covid-19

Secretários de Saúde pedem que Anvisa se posicione sobre vacinação em adolescentes

Pedido foi feito depois de o Ministério da Saúde emitir nota informativa na qual somente recomenda a imunização para adolescentes que apresentem deficiência permanente, comorbidade ou que estejam privados de liberdade

Após o Ministério da Saúde mudar o posicionamento e emitir uma nota informativa na qual somente recomenda a vacinação para adolescentes que têm entre 12 e 17 anos que apresentem deficiência permanente, comorbidade ou que estejam privados de liberdade, secretários de Saúde estaduais e municipais enviaram, nesta quinta-feira (16/9), um ofício para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para pedir um posicionamento do órgão regulador sobre a autorização do uso da vacina contra a covid-19 em jovens. 

O ofício foi assinado pelos presidentes dos conselhos nacionais de secretários de saúde estaduais (Conass) e municipais (Conasems). "Diante da nota informativa Nº 1/2021-SECOVID/GAB/SECOVID/MS, que sugere postergar o início da vacinação de adolescentes sem comorbidades, o Conass e o Conasems solicitam imediato posicionamento da Anvisa sobre a autorização para uso da vacina em adolescentes
de 12 a 17 anos", pede documento encaminhado ao diretor-presidente da agência, Antonio Barra Torres.

A solicitação foi feita porque diversos estados e cidades começaram a vacinar adolescentes sem comorbidades com a vacina da Pfizer, única autorizada pela Anvisa a ser utilizada neste público. O Distrito Federal, por exemplo, vacinava adolescentes a partir de 14 anos e informou que irá continuar com a imunização destes até que a análise do governo federal seja feita.

Efeito adverso

O ofício do Conass e do Conasems cita ainda uma investigação "de um possível evento adverso grave relacionado à vacina da Pfizer em adolescente no estado de São Paulo". 

No entanto, o documento do Ministério da Saúde não cita que a revisão da recomendação de vacinar todos os adolescentes foi tomada por causa de um evento adverso grave. 

A recomendação, segundo a nota, leva em conta que a Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomenda a vacinação de adolescentes, a falta de estudos dos benefícios do imunizante nesse grupo e a baixa taxa de casos graves nessa faixa etária.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, concederá uma entrevista coletiva à imprensa na tarde de hoje para explicar a medida tomada pela pasta. 

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