Vacinação contra covid-19

Saúde amplia dose de reforço para todos os brasileiros maiores de 18 anos

Pasta reduz intervalo da terceira dose da vacina de 6 para 5 meses para todos os adultos. Antes, reforço era recomendado apenas para idosos com mais de 60 anos, pessoas imunossuprimidas e profissionais de saúde

Maria Eduarda Cardim
postado em 16/11/2021 11:27 / atualizado em 16/11/2021 18:38
 (crédito:  Fabio Rodrigues Pozzebom/Agencia Brasil)
(crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agencia Brasil)

O Ministério da Saúde anunciou, nesta terça-feira (16/11), a ampliação da aplicação da dose de reforço da vacina contra a covid-19 para toda população adulta brasileira. A nova orientação é de que pessoas com 18 anos ou mais procurem um posto de saúde para tomar a dose adicional cinco meses após a aplicação da segunda dose do imunizante contra a covid-19. Anteriormente, o reforço era recomendado apenas para idosos com mais de 60 anos, pessoas imunossuprimidas e profissionais de saúde.

Além disso, o intervalo para aplicação desta dose adicional também também foi reduzido. Antes, o indicado era tomar o imunizante seis meses após completado o esquema vacinal contra a covid-19. 

“Agora, graças às informações que temos dos estudos científicos, decidimos ampliar a dose de reforço para todos aqueles acima de 18 anos que tenham tomado a segunda dose há mais de cinco meses. Temos doses de vacinas suficientes para garantir que essas vacinas cheguem tempestivamente a todas as unidades básicas de saúde do Brasil “, disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, hoje, durante coletiva de imprensa.

Ao todo, 10,7 milhões de doses de reforço da vacina contra o coronavírus já foram aplicadas. Neste momento, segundo a pasta, há 12.471.432 de pessoas aptas para receberem a dose adicional. Segundo a secretária especial de enfrentamento à covid-19, Rosana Leite, ainda não há estudos para determinar a necessidade da dose de reforço na população com menos de 18 anos. 

Vacinação heteróloga

A indicação da pasta é de que essa dose adicional seja, preferencialmente, feita com uma vacina diferente daquela que a pessoa recebeu anteriormente. "É o que nós chamamos de vacinação heteróloga. Essa decisão é apoiada na ciência. Temos dados que embasam isso e mostram que o imunizante com a tecnologia do mRNA é o mais adequado. Então, a dose adicional de reforço é feita com a vacina Cominarty (da Pfizer)", ressaltou o ministro. 

Questionado sobre qual vacina uma pessoa que tomou as duas doses do imunizante da Pfizer deve tomar, Queiroga disse que ainda não há dados concretos sobre qual vacina deve ser utilizada para a dose de reforço para este grupo, mas como este imunizante só começou a ser aplicado no Brasil em abril, ainda não há pessoas com esquema vacinal completo aptas para tomarem a dose de reforço.

"Ainda não está no tempo de aplicar esse reforço em quem tomou Pfizer e nós esperamos ter informações concretas sobre isso em um curto espaço de tempo", explicou o ministro. 

Quem precisou receber a primeira dose de um imunizante e a segunda de outro, por exemplo, a primeira dose da AstraZeneca e a segunda da Pfizer, deve tomar, preferencialmente, a vacina da Pfizer como dose de reforço. 

Vacina da Janssen 

Aqueles que se vacinaram com o imunizante da fabricante Janssen, conhecido pela aplicação de dose única, receberão orientações diferentes. Isso ocorre porque em um primeiro momento era necessário apenas uma dose da vacina para a imunização, mas diante de novos estudos, segundo o ministro, é necessária uma segunda dose do imunizante.

"Esses que tomaram a vacina da Janssen vão tomar a segunda dose da mesma vacina, e lá na frente, após cinco meses da segunda dose, receberão uma dose de reforço, preferencialmente, com uma vacina diferente", afirmou Queiroga. 

Dessa forma, o Ministério recomendará uma segunda dose dois meses após a primeira. A nova orientação deve ser feita a partir da próxima sexta (19), quando será feita a distribuição das vacinas da Janssen pelo Ministério da Saúde. 

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