Recife

Vídeo: mulher se passa por autista para não usar máscara em shopping

A Policia Civil informou em nota, que assim que tomou ciência do caso, identificou a mulher e a intimou a prestar esclarecimentos sobre o fato

Cecília Sóter
postado em 25/03/2022 14:00
 (crédito: Reprodução)
(crédito: Reprodução)

Uma pernambucana compartilhou, na última quarta-feira (23/3), nas redes sociais, um vídeo contando que fingiu se passar por autista para não precisar usar máscara de proteção em um shopping do Recife, onde ainda é obrigatório o uso.

A postagem causou revolta nos internautas, que a denunciaram. O vídeo foi derrubado em seguida pelo Instagram. Nathasha Borges, a mulher que aparece nas imagens, no entanto, repostou a história no feed da rede social. O caso chegou a Polícia Civil do estado, que abriu investigação.

Nas imagens compartilhadas, ela aparece andando pelo estacionamento do shopping e conta para os seguidores como fez para circular pelo centro de comprar sem máscara. Ela fala que foi ao local para uma reunião e que passou o tempo todo sem máscara, item de proteção contra a covid-19.

Quando abordada por um segurança, a mulher disse ter falado que é autista, o que segundo lei federal não lhe obriga a usar o acessório.

Ela conta ainda que a abordagem ocorreu novamente logo em seguida. "Depois fui na C&A com uma amiga minha, aí o segurança fez a mesma coisa: 'Moça, a máscara'. Aí, eu disse: 'Eu sou autista, posso não'", afirmou ela.

Em Pernambuco, o uso da máscara passou a ser obrigatório desde 16 de maio de 2020, em locais abertos ou estabelecimentos. Ainda não há previsão do governo estadual de afrouxar essa medida de combate à pandemia, como já ocorre em outros estados.

A Policia Civil informou em nota, que assim que tomou ciência do caso, identificou a mulher e a intimou a prestar esclarecimentos sobre o fato. A corporação afirmou que ela vai depor na Delegacia de Boa Viagem, na zona sul da capital pernambucana. 

Já o shopping onde o fato aconteceu, disse por meio de uma nota, repudiar quem usa de uma causa justa e coletiva para obter vantagens individuais. Explicaram também que o "segurança partiu do pressuposto da boa-fé solicitando a presença de um acompanhante, com uma abordagem educativa, uma vez que não temos poder de polícia".

O Correio entrou em contato com Nathasha Borges por meio de uma das suas redes sociais, mas até a publicação desta nota não obtivemos resposta. O espaço permanece aberto caso ela queira se pronunciar.


 

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