Duas repórteres da Globo News sofreram uma tentativa de atropelamento na última terça-feira (10/5), durante uma passagem para o programa "Em pauta".
Paula Araújo e a repórter cinematográfica Patrícia Santos estavam na avenida Cupecê, na Zona Sul de São Paulo, quando um homem dentro de um carro fez ameaças às duas e as xingou. Ele teria feito ameaças contra a emissora também.
Na sequência, o homem jogou o veículo contra as duas, que estavam na calçada, mas ambas conseguiram desviar do carro. A Polícia Militar foi acionada por testemunhas que presenciaram a cena.
Em nota, a Comunicação da Globo, informou que repudia com veemência a violência, se solidariza com a repórter Paula Araújo e com a repórter cinematográfica Patrícia Santos e adverte, mais uma vez, que "todos os que agridem o trabalho da imprensa estimulam esse tipo de ato".
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Repúdio
No Twitter, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) afirmou que repudia a ação e que se solidariza com as duas repórteres.
Avalia ainda que, com a proximidade das eleições, e o acirramento dos ânimos é possível que se note um crescimento nos riscos à liberdade de imprensa, ao cumprimento do exercício profissional e à integridade física e moral dos jornalistas.
????Um homem não identificado jogou seu carro contra as jornalistas Paula Araújo e Patrícia Santos, que estavam transmitindo ao vivo uma reportagem para a @GloboNews. A agressão ocorreu na manhã de terça-feira (10/05), numa avenida movimentada da zona Sul de São Paulo pic.twitter.com/GeqHfqDvNc
— Abraji (@abraji) May 12, 2022
A mesma nota foi publicada pela Federação Nacional dos Jornalista (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP), e o texto indica que este foi o terceiro caso de tentativa de agressão contra jornalistas da emissora em sete meses.
"Sabemos que os ataques são incentivados diariamente por Bolsonaro e seus seguidores, que já provaram não ter qualquer compaixão ou respeito à vida. Ao contrário, agressões cada vez mais graves são estimuladas, em ações que de forma proposital confundem críticas às empresas midiáticas com agressões físicas e verbais a trabalhadores", afirmam.
Dados da Fenaj indicam que, em 2020, foram registradas 428 agressões em jornalistas. Já em 2021, 430 casos foram registrados.
"O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) conclamam todos aqueles que defendem a vida, que não desprezam o outro, que se mobilizem para frear essa escalada. E que as empresas tratem essa questão como prioridade número 1, antes que o pior aconteça", declaram também.
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