Os servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai) convocaram nova assembleia para a manhã de quarta-feira (15/6) para decidir os rumo da greve anunciada na segunda-feira (13/6) após falas do presidente da Funai, Marcelo Augusto Xavier da Silva, sobre o jornalista britânico Dom Philips e o indigenista Bruno Pereira.
Reunidos na frente do Ministério da Justiça nesta terça-feira (14/6), os servidores apontam que o caso do desaparecimento de Bruno Araújo e Dom Philips "não foi um ataque, mas parte de uma estratégia", segundo disse uma das manifestantes que não quis se identificar. Participaram do ato os deputados federais Nilto Tatto (PT-SP), Camilo Capibaribe (PSB-AP) e a primeira deputada federal indígena, Joênia Wapichana (Rede-RR).
Os manifestantes comentaram o relatório Fundação anti-indígena: Um retrato da Funai sob o governo Bolsonaro, elaborado pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) em parceria com o Indigenistas Associados (INA). O trabalho, publicado na noite da última segunda-feira alerta sobre atuação “anti-indígena” da Funai sob a gest
A deputada Joênia Wapichana classificou como extremamente grave as condições em que os servidores estão trabalhando. Ela acredita que o relatório ajudará a fomentar proposições legislativas sobre o assunto.
"Nós temos legislação, temos decisões judiciais afirmadas e reafirmadas que obrigam o Estado a fazer a proteção das terras indígenas. Não vejo outra coisa diferente da falta de vontade política do governo Bolsonaro", declarou.
Lembrando o ex-ministro da Justiça do governo de Bolsonaro Sérgio Moro (União Brasil), Nilto Tatto afirmou que o ex-juíz foi a pior autoridade à frente do cargo. “O ‘juizeco’ de Curitiba (Sergio Moro) foi o pior Ministro da Justiça para o povo indígena”, disse. “Temos um presidente da República e outros servidores auxiliares diretos do governo que estão dentro da Funai para desmontar e justamente implementar essa políticas [anti-indigenistas] ", pontuou.
* Estagiária sob a supervisão de Pedro Grigori.
Saiba Mais
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.