Morte na Amazônia

Viúva de Dom exige justiça "no significado mais abrangente do termo"

Alessandra Sampaio leu mensagem da família no velório de Dom Phillips, jornalista britânico assassinado na Amazônia ao lado do indigenista Bruno Pereira

Correio Braziliense
postado em 26/06/2022 11:42
 (crédito: Luciola VILLELA / AFP)
(crédito: Luciola VILLELA / AFP)

A dor e a revolta se misturam no velório de Dom Phillips, realizado neste domingo (26/6), no Rio de Janeiro. O jornalista foi assassinado na Amazônia ao lado do indigenista Bruno Pereira em circunstâncias que ainda estão sendo investigadas. O corpo dele será cremado em cerimônia restrita à família e amigos mais próximos.

No velório, a viúva de Dom, Alessandra Sampaio leu uma mensagem escrita pela família aos presentes e á imprensa. Ela garantiu que não vai deixar de lutar por justiça e nem pelas causas em que o marido acreditava. “Seguiremos atentos a todos os desdobramentos das investigações, exigindo justiça no significado mais abrangente do termo. Renovamos a nossa luta para que nossa dor e a da família de Bruno Pereira não se repitam. Como também as das famílias de outros jornalistas e defensores do meio ambiente que seguem em risco”, disse.

“Esse movimento mundial de solidariedade e justiça e de consciência pela conservação da natureza e dos povos que a protegem traz uma imensa esperança a todos nós”, completou.

A viúva ainda lembrou o quanto o marido era especial, "não apenas por defender aquilo que acreditava como profissional, mas também por ter um coração enorme e um grande amor pela humanidade."

Alessandra ainda agradeceu "de coração a todas as pessoas que se solidarizaram com Dom, com Bruno, com nossas famílias e amigos aqui no Brasil e em outros países." Sobre não ter levado o corpo do marido para a Inglaterra, Alessandra não teve dúvida: "Dom será cremado no país que amava, seu lar escolhido, o Brasil."

Dom Phillips e Bruno Pereira faziam uma expedição na região do Vale do Javari, no Amazonas, e foram vistos pela última vez em 5 de julho Três homens já foram presos por terem participação no crime. A Polícia Federal investiga a participação de mais gente no crime.

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