Parceria inédita

IBGE contará com ajuda da ONU para censo de imigrantes e refugiados

Pesquisa do IBGE terá enfoque em Roraima e no Amazonas, estados brasileiros com mais imigrantes venezuelanos datados

Mariana Albuquerque*
postado em 03/08/2022 15:54 / atualizado em 03/08/2022 15:58
Grupo de imigrantes venezuelanos percorre a pé trecho de 215 km entre as cidades de Pacaraima e Boa Vista -  (crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Grupo de imigrantes venezuelanos percorre a pé trecho de 215 km entre as cidades de Pacaraima e Boa Vista - (crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) firmou dois acordos inéditos com agências da Organização das Nações Unidas (ONU) para o recenseamento de refugiados e imigrantes no Censo 2022.
O 13º censo demográfico teve início na última segunda-feira (1º/8).

As entrevistas do censo devem durar três meses, de agosto a outubro. Realizado pela última vez em 2010, o levantamento nacional é feito de 10 em 10 anos. As parcerias inéditas foram firmadas com a Organização Internacional para Migrações (OIM) e com o Alto-Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).

Roraima e Amazonas

O auxílio da ONU contará com pesquisas domiciliares e discussões acerca da análise dos resultados, sendo que o objetivo é o recenseamento dos imigrantes, principalmente venezuelanos que vivem fora do sistema oficial de abrigos.

Os acordos envolvem todo o país, mas o trabalho terá como foco principal Roraima e Amazonas, devido ao grande fluxo de imigrantes venezuelanos que entraram nos estados nos últimos anos.

Segundo o IBGE, os apoios do Acnur e da OIM permitirão a sensibilização dos refugiados e imigrantes quanto à importância de participar do censo. No Pará, a Agência da ONU para Refugiados já treinou os coordenadores do censo para uma abordagem diferenciada aos indígenas venezuelanos da etnia Warao.

Segundo o Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra), 21,9% dos refugiados no Brasil concentram-se em Roraima. O relatório de 2021 notificou que 22.856 deles são venezuelanos, o que abrange 78,5% do total no país hoje.

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

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