Investigação

Corpo de jovem rendido em carro de aplicativo é encontrado no Rio de Janeiro

O corpo de Matheus Costa da Silva foi reconhecido nessa terça-feira (23/8) por familiares. Agentes tentam descobrir a motivação do crime

Isabel Dourado*
postado em 24/08/2022 15:39 / atualizado em 24/08/2022 15:41
 (crédito: Foto: Reprodução/ TV Globo)
(crédito: Foto: Reprodução/ TV Globo)

Familiares dos quatro jovens desaparecidos há 12 dias após serem baleados por criminosos em um carro de aplicativo em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, tentam identificar, nesta quarta-feira (24/8), um segundo corpo encontrado no Rio Capenga — usado por milicianos para ocultar corpos. Ele foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) da cidade. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) investiga o crime. 

O corpo de Matheus Costa da Silva foi reconhecido ontem pela família por meio de uma tatuagem. A identidade do jovem também foi confirmada por meio da impressão digital. Seguem sem paradeiro: Douglas de Paula Pamplona, 22 anos; Adriel Andrade Bastos, 24 anos, e Jhonatan Alef Gomes, 28 anos.

“O que aconteceu com eles foi uma maldade, uma crueldade, uma covardia que a gente vê acontecendo todo dia no nosso estado e no nosso país. Pessoas estão tirando a vida dos outros por nada. E elas tiram a vida porque sabem que vão ter outra oportunidade. Os familiares que perdem e não têm mais isso”, disse Adilson Gomes, irmão de Jhonatan.

O crime

Os jovens estão desaparecidos desde o dia 12 de agosto, depois de entrarem em um carro de aplicativo e seguirem para um shopping. O veículo foi cercado no bairro Valverde por homens armados e encapuzados. A policiais, o motorista do aplicativo disse em depoimento que os quatro jovens foram levados e amarrados.

Segundo as investigações, os milicianos Delson Lima Neto, conhecido como Delsinho e irmão do miliciano Danilo Dias Lima, o Tandera, e Renato Alves de Santana, o Fofo, teriam sido os responsáveis pela execução dos jovens.

Os agentes trabalham agora com duas possibilidades. A primeira é de que o grupo de jovens estaria vendendo drogas na área de atuação dos milicianos. Outra possibilidade é de que um deles teria feito uma compra de um parente do Delsinho, mas pagado com um cartão clonado. No entanto, as famílias das vítimas questionam ambas as linhas de investigação.

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

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