Operação no Rio

Miliciano é investigado por quatro desaparecimentos no Rio de Janeiro

Irmão de Danilo Tandera, chefe de milícia que atua na Baixada Fluminense, é suspeito de sequestrar quatro homens a mão armada

João Gabriel Freitas*
postado em 22/08/2022 17:49 / atualizado em 22/08/2022 18:19
Segundo dados recebidos pela polícia, os criminosos seriam Delson Lima Neto, conhecido como Delsinho, e Renato Alves Santana, o Fofo — mortos neste sábado (20) após uma troca de tiros com policiais civis -  (crédito: Tânia Rego / Agência Brasil)
Segundo dados recebidos pela polícia, os criminosos seriam Delson Lima Neto, conhecido como Delsinho, e Renato Alves Santana, o Fofo — mortos neste sábado (20) após uma troca de tiros com policiais civis - (crédito: Tânia Rego / Agência Brasil)

A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) investiga uma informação de que dois milicianos podem estar envolvidos no desaparecimento de quatro rapazes no Rio de Janeiro. A suspeita foi repassada pela inteligência da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco).

Os desaparecidos são Matheus Costa, 21 anos, Douglas de Paula, 22, Adriel Andrade, 24, e Jhonatan Alef, 28. Eles foram retirados de um carro de aplicativo a caminho de um shopping, em Nova Iguaçu, no dia 12 de agosto. Os bandidos estavam em dois veículos e os usaram para bloquear o percurso do automóvel que levava as vítimas. No entanto, a polícia ainda investiga quantas pessoas estão envolvidas no crime.

Os criminosos armados renderam os rapazes no chão, amarraram as mãos e roubaram os celulares antes de levá-los. Segundo dados recebidos pela polícia, os criminosos seriam Delson Lima Neto, conhecido como Delsinho, e Renato Alves Santana, o Fofo — mortos no último sábado (20/8) após uma troca de tiros com policiais civis.

Delsinho é irmão de Danilo Dias Lima, o Danilo Tandera, um dos bandidos mais procurados do Rio. Ele é acusado de chefiar uma milícia que atua em Nova Iguaçu, Seropédica e Itaguaí, na Baixada Fluminense, além de parte de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. Já o parceiro Fofo é suspeito de integrar a organização paramilitar.

A dupla morreu após uma troca de tiros com policiais da Draco e da Coordenadoria de Recursos Especiais, que invadiram um sítio usado pelo grupo paramilitar, no Bairro Riachão, em Nova Iguaçu. A operação também matou outros dois homens, que seriam seguranças de Delsinho. A ação aconteceu após oito meses de investigação e teve apoio da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) e da 56ª Delegacia de Polícia.

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

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