Saúde

Anvisa discutirá suspensão do registro de vacina contra varíola do macaco

Agência reguladora quer acelerar as respostas de enfrentamento à varíola do macaco e irá discutir sobre a dispensa, em caráter excepcional, às importações de medicamentos e vacinas, adquiridos pelo Ministério da Saúde para a doença

A Diretoria Colegiada da Agência Brasileira de Vigilância Sanitária (Anvisa) irá se reunir nesta quarta-feira (17/8) para deliberar sobre a dispensa de registro e os requisitos para autorização de forma excepcional da importação de vacinas e medicamentos contra monkeypox, a varíola do macaco, que poderão ser adquiridos pelo Ministério da Saúde nos próximos dias.

A decisão de pautar o tema foi tomada de forma independente pela agência. A preocupação da entidade é em criar uma resposta exclusiva à varíola dos macacos, para dar celeridade ao processo, sem necessidade de um registro. A ideia é fazer algo semelhante à Autorização de Uso Emergencial (AUE) para medicamentos e vacinas exclusivos para a covid-19.

Saiba Mais

Ministério da Saúde registrou até agora 2.985 casos confirmados de monkeypox. O foco da doença está em São Paulo, com 2.019 ocorrências. Em seguida, com mais de 100 casos, estão Rio de Janeiro (355), Minas Gerais (133), Distrito Federal e Goiás (ambos com 116).

No Paraná são 62 casos, e o restante das unidades federativas apresenta menos de 50 casos cada: Rio Grande do Sul (44), Santa Catarina (36), Bahia (26), Pernambuco (15), Ceará (14), Rio Grande do Norte e Mato Grosso do Sul (10), Amazonas (9), Espírito Santo (8), Mato Grosso (4), Maranhão e Pará (ambos dois casos).

Já Paraíba, Piauí, Tocantins e Acre tiveram seus primeiros casos confirmados nesta semana.

A Anvisa informa que, “até o momento, não há pedido de registro de vacina para monkeypox no Brasil”. Apesar disso, o Ministério da Saúde informa que está em tratativa para a aquisição das vacinas.

Covid-19

Na reunião agendada para amanhã, também serão discutidas as medidas adotadas em aeroportos e aeronaves no Brasil. A motivação será as mudanças que devem ocorrer em virtude da revogação do decreto de emergência estabelecido pelo governo federal por causa da covid-19.