Petiscos contaminados

Incorreta identificação de lotes causou contaminação de petiscos, diz Agricultura

O Ministério da Agricultura realizou cerca 120 fiscalizações entre comerciantes, fabricantes e distribuidores. Nem todas as empresas fiscalizadas foram interditadas completamente

Agência Estado
postado em 23/11/2022 19:24 / atualizado em 23/11/2022 19:24
 (crédito: jagdprinzessin por Pixabay)
(crédito: jagdprinzessin por Pixabay)

O Ministério da Agricultura divulgou comunicado no qual atualizou as investigações sobre contaminação de pestisco para animais. Conforme o ministério, "a atuação da defesa agropecuária se dá para identificar e retirar do mercado qualquer produto com potencial de causar agravos na saúde dos animais".

Explicou que, no caso da contaminação de petiscos caninos por monoetilenoglicol, as investigações da Pasta demonstraram que a causa foi a incorreta identificação de lotes de monoetilenoglicol (substância que tem seu uso proibido em alimentação animal) como se fossem lotes de propilenoglicol (substância que tem seu uso permitido em alimentação animal). "A incorreção desta identificação levou ao uso de produto extremamente tóxico na fabricação de petiscos, em quantidades muito acima das doses que são consideradas fatais", informou.

O Ministério da Agricultura realizou cerca 120 fiscalizações entre comerciantes, fabricantes e distribuidores. Nem todas as empresas fiscalizadas foram interditadas completamente. A interdição se deu apenas nos processos referentes aos produtos identificados com a contaminação por monoetilenoglicol.

Algumas empresas foram interditadas parcialmente, outras foram fiscalizadas para averiguação de informações.

As interdições foram realizadas para que as empresas comprovassem que os alimentos produzidos eram seguros para o consumo animal, o que incluiu a apresentação de laudos de análise da matéria-prima, certificados de higienização de linhas de equipamentos, nova sistemática de qualificação de fornecedores e apresentação dos fornecedores qualificados.

Ao longo das investigações, o ministério determinou o recolhimento de produtos de seis empresas produtoras dos petiscos:

- BASSAR INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA

- PEPPY PET INDUSTRIA E COMERCIO DE ALIMENTOS PARA ANIMAIS LTDA

- UPPER DOG COMERCIAL LTDA

- PETITOS IND E COM DE ALIMENTOS PARA ANIMAIS LTDA

- PETS MELLON INDÚSTRIA DE PRODUTOS PARA ALIMENTACAO ANIMAL LTDA

- FVO - BRASILIA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ALIMENTOS LTDA

Já na lista das fornecedoras de propilenoglicol para as produtoras de petiscos foram identificadas pelo ministério cinco empresas:

- TECNOCLEAN INSDUTRIAL LTDA

- A&D QUÍMICA COMÉRCIO EIRELLI

- ATIAS MIHAEL COMÉRCIO DE PRODUTOS QUÍMICOS LTDA

- BELLA DONNA PRODUTOS NATURAIS LTDA

- SABER QUÍMICA INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA

Segundo o governo, todas as empresas tiveram que recolher os produtos contaminados, procedendo à sua destruição.

Atualmente, apenas a empresa FVO - Brasilia Indústria e Comércio de Alimentos Ltda encontra-se ainda parcialmente interditada.

Para além da cadeia de indústrias de produção de alimentos para animais e de insumos para a produção desses alimentos, a Polícia Civil de Minas Gerais continua acompanhando o caso e coordenando as investigações.

Cobertura do Correio Braziliense

Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Correio Braziliense nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!

Newsletter

Assine a newsletter do Correio Braziliense. E fique bem informado sobre as principais notícias do dia, no começo da manhã. Clique aqui.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.