ESPÍRITO SANTO

Seis pessoas permanecem internadas após ataque em Aracruz

O governador Renato Casagrande confirmou que, no momento do crime, o adolescente usava uma braçadeira com um símbolo nazista

Agência Brasil
postado em 26/11/2022 08:25
 (crédito:  AFP)
(crédito: AFP)

Logo Agência Brasil

Segundo informações atualizadas da Secretaria de Saúde do Espírito Santo (Sesa), seis pessoas permanecem internadas após o ataque de um adolescente de 16 anos contra duas escolas no distrito de Coqueiral, em Aracruz (ES), na manhã desta sexta-feira (25). Eles são atendidos em três instituições hospitalares. 

Três professoras foram encaminhadas para o município de Serra (ES), a cerca de 40 quilômetros do local dos ataques. Os estado de saúde de todas elas é considerado grave. Com perfurações no corpo, as vítimas com idades de 38, 45 e 52 anos estão sendo submetidas a cirurgias no Hospital Estadual Doutor Jayme dos Santos Neves.

Outra professora, de 58 anos, está sendo atendida em Vitória, no Hospital Estadual de Urgência e Emergência São Lucas", a cerca de 65 quilômetros de Coqueiral. Com perfurações em membros inferiores, ela possui estado de saúde estável e seu quadro está sendo avaliado por exames laboratoriais e de imagem.

Também na capital capixaba, o Hospital Estadual Infantil Nossa Senhora da Glória atende dois alunos em estado gravíssimo: um menino de 11 anos atingido no abdome e uma menina de 14 anos ferida no crânio e que está atualmente entubada. Segundo a Sesa, ao todo foram atendidas 16 vítimas, com três mortes nos locais do ataque.

Ataque

A ação do adolescente teve início por volta das 9h30 e começou pela Escola Estadual Primo Bitti, onde ele arrombou o cadeado de um dos acessos e fez disparos na sala dos professores, causando duas mortes e deixando vários feridos. Em seguida, o atirador entrou em um carro e se dirigiu ao Centro Educacional Praia de Coqueiral, uma instituição privada. No local, efetuou novos disparos, tirando a vida de uma aluna e ferindo outras vítimas.

A Polícia Civil iniciou de imediato a investigação que possibilitou a apreensão do adolescente, filho de um policial militar, que confessou o crime. Já se sabe que ele usou duas armas de responsabilidade do pai: um revólver de calibre .38, de propriedade privada, e uma pistola calibre .40, pertencente à Polícia Militar. Ele também levava três carregadores. O governador Renato Casagrande confirmou que, no momento do crime, o adolescente usava uma braçadeira com um símbolo nazista.

Imagens das câmeras de segurança registraram a ação. O atirador vestia roupa camuflada e uma máscara de esqueleto, similar à usada em fotos nas redes sociais por um dos autores do massacre ocorrido em 2019 na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP).

Durante a apreensão, o adolescente não explicou à Polícia Civil por que fez os ataques. O delegado João Francisco Filho disse que ele estava tranquilo e não manifestou arrependimento. A apuração preliminar apontou que ele fazia tratamento psiquiátrico. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que o adolescente não tinha um alvo definido e que ele pode ter agido sob estímulo de grupos extremistas, que se organizam de forma virtual dentro e fora do Brasil.

Cobertura do Correio Braziliense

Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Correio Braziliense nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!

Newsletter

Assine a newsletter do Correio Braziliense. E fique bem informado sobre as principais notícias do dia, no começo da manhã. Clique aqui.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.