RIO DE JANEIRO

Anestesista preso por estupros diz que esperava o "melhor momento"

As investigações da polícia revelaram que ele também guardava mais de 20 mil arquivos de pornografia infantil

Maryanna Aguiar — Especial para o Correio
postado em 17/01/2023 18:43 / atualizado em 17/01/2023 19:21
 (crédito: Reprodução/TV Globo)
(crédito: Reprodução/TV Globo)

O anestesista Andres Eduardo Onate Carrillo, preso esta semana por estuprar duas pacientes durante cirurgias em hospitais no Rio, além de produzir e armazenar material de pornografia infantil, diz em depoimento que “aguardava o melhor momento para esfregar” o pênis nas vítimas.

O colombiano foi ouvido, nesta segunda-feira (16/1), pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) e aguarda audiência de custódia prevista para esta terça-feira (17/1) que vai decidir se o médico anestesista. Andres afirmou que não sabia por que nutria dentro de si “a compulsão de ver e armazenar pornografia infantojuvenil”. A TV Globo fez as imagens de Carrillo com a polícia.

O anestesista é acusado de estuprar e filmar duas pacientes em hospitais públicos do Rio de Janeiro enquanto elas estavam sedadas. Os casos aconteceram em 2020 e em 2021. As investigações da polícia revelaram que ele também guardava mais de 20 mil arquivos de pornografia infantil.

Luiz Henrique Marques, o delegado do caso, disse que nunca havia visto algo tão cruel: "Tenho muita experiência em investigações de crimes dessa natureza. Mas, especialmente sobre esse caso, nunca vi algo tão violento, tão cruel. Não só por armazenar esses vídeos, com conteúdo extremamente agressivo, mas também a violência contra as vítimas submetidas aos cuidados do profissional, que aproveita o momento de vulnerabilidade e comete esses abusos", apontou.

Agora, a polícia continua a investigação para identificar se o médico fez outras vítimas e criou algum tipo de perfil falso na internet para se comunicar com crianças e adolescentes, com o objetivo de obter pornografia infantil. De acordo com a polícia, o Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) afirmou que Andres não era credenciado no conselho entre os anos de 2020 e 2021, data em que teria cometido os crimes contra pacientes durante cirurgias. Caso a informação seja confirmada, o anestesista ainda pode responder por exercício ilegal da profissão.

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