Mistério

Família desaparecida: suspeito furou túnel para fugir da Papuda

Gideon Batista acumula passagens pela polícia desde 1996, quando foi preso pela primeira vez por roubo qualificado e, depois, por roubo de veículo

Darcianne Diogo
postado em 17/01/2023 16:19 / atualizado em 17/01/2023 16:28
Gideon foi preso nesta terça-feira (17/1), pela Polícia Civil. -  (crédito: Fotos: Material cedido ao Correio)
Gideon foi preso nesta terça-feira (17/1), pela Polícia Civil. - (crédito: Fotos: Material cedido ao Correio)

Preso por suspeita de envolvimento no desaparecimento de oito pessoas da mesma família do Distrito Federal, Gideon Batista de Menezes, 55 anos, acumula inúmeros antecedentes criminais e até uma fuga do Complexo Penitenciário da Papuda, registrado em 1998. O homem foi detido por policiais civis da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá). Além dele, os investigadores também prenderam Horácio Carlos Ferreira Barbosa, 49. Os dois prestavam serviço para Marcos Lopes, sogro da cabeleireira Elizamar da Silva, 47, ambos desaparecidos.

Gideon foi preso no Recanto das Emas. O que intrigou a polícia foi o fato de as mãos e braços dele estarem queimados. O Correio apurou que, para a polícia, o homem disse que teria tentado atear fogo em cachorros em uma chácara e, por isso, teria se queimado. No entanto, a versão não convenceu a polícia.

O suspeito acumula passagens pela polícia desde 1996, quando foi preso pela primeira vez por roubo qualificado e, depois, por roubo de veículo. Detido no Centro de Internamento e Reeducação (CIR) da Papuda, Gideon e mais três custodiados tentaram fugir da unidade prisional, em 16 de fevereiro de 1998, depois de furarem um túnel que passava de uma cela para outra.

Em abril de 2007, Gideon ganhou o benefício do saidão de Páscoa. No entanto, descumpriu a medida após ser flagrado na rua fora do horário estipulado e na companhia de um interno armado. Mas as ocorrências não pararam por aí. Em 2010, preso no CIR, Gideon foi punido por portar um celular dentro da cela.

Prisão

Além de Gideon, a PCDF prendeu um segundo suspeito de envolvimento no desaparecimento. Ele foi identificado como Horácio Carlos Ferreira Barbosa, 49 anos, e tem uma passagem por crime de trânsito em 2007.

A polícia segue com as investigações para elucidar o caso. Elizamar da Silva desapareceu na noite de quinta-feira ao sair com os três filhos, de 6, 6 e 7 anos do condomínio da sogra, no Paranoá. O carro dela foi localizado no dia seguinte totalmente carbonizado e com quatro corpos dentro. Ainda não há a confirmação de que os corpos são da empresária e das crianças, uma vez que o laudo do IML não ficou pronto.

Cerca de 12 horas depois do carro da Elizamar ter sido encontrado, policiais civis localizaram um segundo veículo, um Siena, totalmente carbonizado e com dois corpos dentro. Segundo as investigações, o automóvel pertence ao pai de Thiago, sogro da empresária. O laudo do IML também não ficou pronto e deve sair ainda esta semana.

O Correio adiantou que o governador do Estado de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), determinou uma força-tarefa para solucionar o caso. A força-tarefa instituída consistirá no reforço de policiais lotados na Delegacia de Cristalina e de outras regionais do estado. Trabalham, ainda, policiais civis do DF e de Minas Gerais.

Os desaparecidos são: Elizamar da Silva, 39 anos; dos filhos, Rafael da Silva, 6, Rafaela da Silva, 6, e Gabriel da Silva, 7; o marido, Thiago Gabriel Belchior; os pais dele, Renata Juliene Belchior, 52 e Marcos Antônio Lopes de Oliveira, 54; e a irmã dele, Gabriela Belchior, 25.

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