PESQUISAS

Governo proíbe teste de cosméticos e perfumes em animais

Desde 2014, o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal reconhece métodos alternativos à pesquisa animal para que empresas de cosméticos façam os testes de seus produtos

Francisco Artur
postado em 01/03/2023 09:15 / atualizado em 17/07/2023 12:34
Ao se exercitarem na esteira, os animais que receberam o implante de nanofibras no joelho voltaram a produzir cartilagem       -  (crédito: Divulgação/Universidade de Connecticut)
Ao se exercitarem na esteira, os animais que receberam o implante de nanofibras no joelho voltaram a produzir cartilagem - (crédito: Divulgação/Universidade de Connecticut)

O Ministério da Ciência e Tecnologia, por meio do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), proibiu a realização de pesquisas de perfumes, cosméticos e produtos de higiene pessoal em animais. A determinação, publicada nesta quarta-feira (1/3) no Diário Oficial da União, estabelece que as empresas do setor devem buscar métodos alternativos reconhecidos pelo conselho em pesquisa científica para aplicar os testes. 

Entre esses métodos, é permitida a realização de pesquisas em seres humanos. "Fica proibido no país o uso de animais vertebrados, exceto seres humanos, em pesquisa científica e no desenvolvimento e controle da qualidade de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes que utilizem em suas formulações ingredientes ou compostos com segurança e eficácia já comprovadas cientificamente", diz um trecho da resolução.

Resoluções

Desde 2014, o Concea reconhece métodos alternativos para que empresas de cosméticos realizem pesquisas de seus produtos. De acordo com a resolução publicada naquele ano, a adoção de métodos alternativos teria como objetivo a substituição ou o refinamento de uso de animais em testes.

Após essa medida, o conselho publicou outras três que abordam métodos alternativos em pesquisas de produtos. As resoluções de caráter instrutivo foram tomadas nos anos de 2016, 2019 e 2022.

Também no ano passado, o tema foi abordado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O órgão aprovou também uma norma para reduzir a necessidade do uso de animais em testes para pedidos de registro de medicamentos, cosméticos e outros produtos.

A medida da Anvisa garante que qualquer metodologia alternativa reconhecida pelo Concea deve ser aceita pela agência, mesmo que os métodos não estejam previstos em normas específicas ou que a norma de algum produto exija teste com animais.

Notícias no seu celular

O formato de distribuição de notícias do Correio Braziliense pelo celular mudou. A partir de agora, as notícias chegarão diretamente pelo formato Comunidades, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp. Assim, o internauta pode ter, na palma da mão, matérias verificadas e com credibilidade. Para passar a receber as notícias do Correio, clique no link abaixo e entre na comunidade: 

Apenas os administradores do grupo poderão mandar mensagens e saber quem são os integrantes da comunidade. Dessa forma, evitamos qualquer tipo de interação indevida.

Cobertura do Correio Braziliense

Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Correio Braziliense nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação