Violência

Rio Grande do Norte tem primeiro dia sem ataques após onda de rebelião

No balanço das Forças de Segurança que atuam no estado nordestino divulgado, foram presos 187 suspeitos pelas Operações Normandia e Sentinela

Tainá Andrade
postado em 26/03/2023 03:55
 (crédito: Andressa Anholete/AFP)
(crédito: Andressa Anholete/AFP)

Há dois dias, o governo do Rio Grande do Norte (RN) não registrou ataques de violência. Desde o dia 14, o estado enfrenta uma onda de rebelião de organizações criminosas que atuam na região. Ao todo, foram registrados 298 ataques de diversos tipos, a maioria incêndios a prédios públicos e meios de transporte.

No balanço das Forças de Segurança que atuam no estado nordestino divulgado, ontem, pela manhã, foram presos 187 suspeitos pelas Operações Normandia e Sentinela. Deles, foram seis adolescentes, 19 foragidos e três que possuíam tornozeleiras eletrônicas.

Além disso, foram apreendidos 148 explosivos, 33 galões de gasolina e 43 armas de fogo. Os agentes também levaram dinheiro — não foi informada quantias —, drogas, munições, objetos furtados, motos e carros.

"Dar as mãos"

Na sexta-feira (24), a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, se reuniu com a Federação dos Municípios do Estado do Rio Grande do Norte (Fenurm) para recolher as demandas das regiões afetadas pelos criminosos. "Este momento é de dar as mãos aos prefeitos e prefeitas para superarmos essa difícil crise! Daremos celeridade para recuperar os danos causados o mais rápido possível", escreveu nas redes sociais.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enviou o superintendente da Receita Federal, Darci Mendes, e outros representantes do órgão ao estado para recolher as demandas do governo para recuperar os serviços da região.

A onda de violência no RN foi responsável por incêndios, tiros contra prédios públicos, veículos, comércio e até residências. Um dia após o início dos ataques, um líder de facção suspeito de coordenar diversas ações criminosas foi transferido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) para o presídio federal, no interior do estado. O reforço da segurança pública, com apoio da Força Nacional, tem feito o reforço do policiamento ostensivo no estado.

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