Protagonismo feminino

Cida Gonçalves e Esther Dweck defendem participação de mulheres na área de TI

Em evento realizado nesta terça-feira (18/4), a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, destacou ainda que o protagonismo feminino na área de tecnologia da informação pode auxiliar no combate à violência de gênero

Isabel Dourado*
postado em 18/04/2023 16:45 / atualizado em 18/04/2023 21:42
 (crédito: Isabel Dourado/ CB)
(crédito: Isabel Dourado/ CB)

A Associação Nacional dos Analistas em Tecnologia da Informação (Anati) realizou nesta terça-feira (18/4), no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, um evento sobre o protagonismo das mulheres na Gestão de TI do governo federal. As ministras Cida Gonçalves (Mulheres) e Esther Dweck (Gestão e da Inovação em Serviços Públicos) participaram da abertura do encontro, onde enfatizaram a importância de mulheres ocuparem cargos de liderança.

Dweck afirmou que a área de tecnologia da informação é essencial para a transformação do governo e, por isso, precisa ser fortalecida. Ela destacou ainda que as mulheres em cargos de liderança podem trazer um viés diferente na implementação de políticas públicas. “Mais de 55% dos usuários do Gov.br são mulheres. É importante que tenham mulheres na construção desses serviços. A gente precisa cada vez mais de serviços públicos que sejam automatizados, e a gente sabe que pessoas que estão acessando esses serviços são mulheres.”

“Mulheres na liderança também têm um olhar diferente sobre fazer políticas públicas. E a gente sabe que essa é uma carreira bastante cobiçada no setor privado. É uma área com pouca participação das mulheres na formação de TI. Quando a gente olha a área que tem menos (mulheres) é a área de TI, precisa de um incentivo para que mais mulheres entrem e estejam nessa carreira”, completou a ministra.

Cida Gonçalves, por sua vez, defendeu que o protagonismo das mulheres na tecnologia da informação pode auxiliar no combate à misoginia e à violência contra a mulher.

“Nós estamos fazendo uma discussão no Brasil sobre a questão da misoginia e ódio às mulheres (...) E a TI pode ajudar a combater a misoginia, eu estou tentando convencer o advogado da AGU (Advogacia-Geral da União) para que a gente possa entrar em um processo contra as pessoas que defendem o ódio contra as mulheres (no ambiente virtual). Porque isso autoriza o aumento do abuso, da violência, da violência política contra as mulheres.”

Para Bethânia Lemos, presidente da Enap (Escola Nacional de Administração Pública), as mulheres passaram por uma grande doutrinação de que não serviam para áreas quantitativas e frisou que a participação das mulheres na área da tecnologia é essencial.

"Mulheres tem, sim, que ocupar mais o papel. A gente está em um momento de virada de jogo e equalização do papel dos homens e das mulheres. A gente está vivendo um momento de transição com a entrada da tecnologia. A Enap também quer contribuir, o papel da mulher na TI é importante para construirmos relações sociais em que as pessoas são iguais", disse.

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

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