VALE DO JAVARI

TRF-1 julga pedido de habeas corpus dos acusados de matar Bruno e Dom

O julgamento está marcado para ocorrer às 14h, em Brasília. Segundo o advogado Lucas Sá, o objetivo do pedido é que as testemunhas de defesa sejam ouvidas no processo

Correio Braziliense
postado em 16/05/2023 13:45
 (crédito: Nelson ALMEIDA / AFP)
(crédito: Nelson ALMEIDA / AFP)

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) julgará, nesta terça-feira (16/5), o pedido de habeas corpus de Amarildo da Costa de Oliveira, o “Pelado”; Oseney da Costa de Oliveira, o “Dos Santos”; e Jefferson da Silva Lima, o “Pelado da Dinha". Eles são acusados de matar o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips — que desapareceram em 5 de junho do ano passado, enquanto navegavam próximo à comunidade de São Rafael, na região do Vale do Javari, Amazonas. Os restos mortais dos dois foram encontrados 10 dias depois do sumiço.

O julgamento está marcado para ocorrer às 14h, em Brasília. Na oportunidade, a defesa dos pescadores vai fazer sua sustentação oral presencial. Haverá transmissão pelo YouTube do TRF1. Segundo o advogado Lucas Sá, o objetivo do habeas corpus é que as testemunhas de defesa sejam ouvidas no processo.

"Elas conhecem a realidade da região, conhecem o caráter dos réus e sabem como o Bruno Pereira agia com os ribeirinhos e pescadores. Toda acusação parece verdadeira enquanto não se ouve a defesa com justiça", disse o advogado de defesa.

Primeiro depoimento

Os três acusados do assassinato do indigenista Bruno e o jornalista inglês Dom Phillips prestaram depoimento à Justiça no dia 8 de maio, em Tabatinga, no Amazonas.

O primeiro réu a ser ouvido foi Amarildo, conhecido como "Pelado", que novamente confessou os dois assassinatos. Ele, porém, defendeu o irmão, Oseney, o "Dos Santos", das acusações. "Eu sou réu confesso nessa história. Meu irmão não tem nada a ver", afirmou, apontando Jefferson como coautor dos homicídios.

Jefferson, por sua vez, foi o segundo a depor. Assim como Amarildo, afirmou que eles apenas se defenderam — ambos acusaram Bruno de pegar uma pistola para tentar acertá-los — e que não tinham a intenção de matar o indigenista e o jornalista. O último a falar foi Oseney, que negou envolvimento com o crime e disse que mantinha bom relacionamento com os indígenas, inclusive os isolados.

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