INVESTIGAÇÃO

Homem suspeito de envolvimento na morte de Marielle Franco é preso pela PF

Investigação se debruça na morte da vereadora, do motorista Anderson Gomes e da tentativa de homicídio contra a assessora Fernanda Chaves

A vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, eleita em 2016 com 40 mil votos, e o motorista Anderson Gomes, foram executados à tiros  -  (crédito: Renan Olaz/CMRJ)
A vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, eleita em 2016 com 40 mil votos, e o motorista Anderson Gomes, foram executados à tiros - (crédito: Renan Olaz/CMRJ)
postado em 24/07/2023 07:15 / atualizado em 12/03/2024 12:32

Um homem suspeito de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco foi preso na manhã desta segunda-feira (24/7). A Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro deflagraram a Operação Élpis e cumprem mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão. A investigação se debruça na morte da vereadora, do motorista Anderson Gomes e da tentativa de homicídio contra a assessora Fernanda Chaves. Os crimes completaram cinco anos. O preso foi o ex-bombeiro Maxwell Corrêa, amigo de Ronnie Lessa — acusado e preso pelo assassinato de Marielle e Anderson.

Maxwell foi condenado a quatro anos de prisão em 2021, acusado de atrapalhar as investigações. No entanto, ele cumpria a pena em regime aberto. O ex-bombeiro ajudou a esconder as armas que estavam no apartamento de Lessa.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, confirmou a operação da PF e disse que a corporação está avançando nas investigações. "Hoje a Polícia Federal e o Ministério Público avançaram na investigação que apura os homicídios da Vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves", escreveu o ministro, no Twitter.

A vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, eleita em 2016 com 40 mil votos, e o motorista Anderson Gomes, foram executados a tiros por volta das 21h do dia 14 de março de 2018. Um ano depois, em março de 2019, a Polícia Civil e o Ministério Público prenderam o policial militar reformado Ronnie Lessa, acusado de fuzilar Marielle e Anderson, e o ex-PM Élcio Queiroz, possível motorista do carro usado no crime. A investigação acerca dos mandantes do crime prosseguem.

Atualização: a matéria foi atualizada às 12h20 de 12/03/2024 pois informava equivocadamente que o vereador Marcello Siciliano (PHS) havia sido preso durante as investigações. 

Pelo Instagram, o presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Marcelo Freixo (PT), amigo da vereadora, celebrou a prisão. "Esse é mais um passo importante para descobrir quem mandou matar Marielle Franco", disse. Freixo ainda parabenizou a PF e o MPF. "Identificar os mandantes do assassinato é crucial para derrotarmos essa máfia e reconstruirmos nosso Estado. A execução de Marielle e Anderson Gomes foi um crime político, contra a democracia. E não pode ficar sem resposta", afirmou. 

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