OPERAÇÃO ÉLPIS

Irmão de Ronie Lessa presta depoimento na PF sobre caso Marielle

Denis Lessa foi convidado a depor na Polícia Federal, após a instituição deflagrar a Operação Élpis, nesta segunda-feira (23/7). Seu irmão está preso acusado de matar Marielle Franco

Correio Braziliense
postado em 24/07/2023 10:33 / atualizado em 24/07/2023 10:39
A PF e o Ministério Público do Rio deflagram, nesta segunda-feira (24/7), a Operação Élpis. A iniciativa retoma as investigações sobre a morte da vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018 -  (crédito: Instituto Marielle Franco/ reprodução)
A PF e o Ministério Público do Rio deflagram, nesta segunda-feira (24/7), a Operação Élpis. A iniciativa retoma as investigações sobre a morte da vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018 - (crédito: Instituto Marielle Franco/ reprodução)

Irmão do Ronie Lessa, Denis Lessa presta depoimento à Polícia Federal (PF) do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (23/7), após a deflagração da Operação Élpis, segundo informou o jornal O Globo. A iniciativa, comandada pela PF e pelo Ministério Público do Rio, retoma as investigações sobre os assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol-RJ) e de seu motorista, Anderson Gomes. 

O caso ocorreu em fevereiro de 2018 e as apurações levaram à cadeia o ex-policial Ronie Lessa, principal suspeito dos assassinatos. Na manhã desta segunda, além de colher a declaração de Denis, a PF prendeu o ex-bombeiro Maxwell Corrêa.

Amigo de Ronnie, Corrêa foi condenado a quatro anos de prisão em 2021, acusado de atrapalhar as investigações. Ele, no entanto, cumpria a pena em regime aberto. O ex-bombeiro ajudou a esconder as armas que estavam no apartamento de Lessa.

Esposa e amigos de Ronnie Lessa também já foram presos suspeitos de participação no crime. Elaine Lessa, Márcio Montavano, Bruno Figueiredo e Josinaldo Freitas foram apontados pelo MP como responsáveis por auxiliar no plano para se livrar de armamentos de Ronnie após o crime.

Operação Élpis

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, confirmou a operação da PF e disse que a corporação está avançando nas investigações. "Hoje a Polícia Federal e o Ministério Público avançaram na investigação que apura os homicídios da Vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves", escreveu o ministro, no Twitter.

Assassinato

A vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, eleita em 2016 com 40 mil votos, e o motorista Anderson Gomes, foram executados à tiros por volta das 21h do dia 14 de março de 2018. Meses depois do crime, os primeiros suspeitos foram presos: o vereador Marcello Siciliano (PHS) e Orlando Oliveira de Araújo, acusado de chefiar uma milícia, foram investigados pelo crime. Siciliano chegou a ser preso, mas foi descartado como suspeito.

Um ano depois, em março de 2019, a Polícia Civil e o Ministério Público prenderam o policial militar reformado Ronnie Lessa, acusado de fuzilar Marielle e Anderson, e o ex-PM Élcio Queiroz, possível motorista do carro usado no crime. A investigação acerca dos mandantes do crime prosseguem.

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