DECISÃO

Dino assina demissão de policiais envolvidos na morte de Genivaldo

Ministro afirmou, ainda, que determinou que protocolos seguidos pela corporação sejam revisados

Genivaldo morreu asfixiado após ser colocado em porta-malas de viatura -  (crédito: Reprodução/Vídeo/Rede Sociais)
Genivaldo morreu asfixiado após ser colocado em porta-malas de viatura - (crédito: Reprodução/Vídeo/Rede Sociais)
Renato Souza
postado em 14/08/2023 17:30 / atualizado em 14/08/2023 17:31

O ministro da Justiça, Flávio Dino, assinou, nesta segunda-feira (14), a demissão de três policiais acusados de participação na morte de Genivaldo dos Santos, que faleceu após ser colocado em uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e sufocado com gás em Sergipe. O caso ocorreu em 2022 na região de Umbaúba.

Os policiais envolvidos na morte de Genivaldo são Paulo Rodolpho Lima Nascimento, William de Barros Noia e Kleber Nascimento Freitas. No começo deste mês, um relatório interno da PRF já tinha recomendado a demissão dos agentes e a punição de outros dois, com suspensão de 32 e 40 dias, por terem preenchido boletim de ocorrência "sem a devida transparência".

Um processo com 13 mil páginas foi enviado ao Ministério da Justiça. Com a decisão pela demissão, os policiais são afastados da função pública de maneira definitiva e perdem o direito ao salário e demais benefícios.

O ministro comentou o caso nas redes sociais. "Estou assinando a demissão de 3 policiais rodoviários federais que, em 2022, causaram ilegalmente a morte do senhor Genivaldo, em Sergipe, quando da execução de fiscalização de trânsito. Não queremos que policiais morram em confrontos ou ilegalmente matem pessoas", declarou.

O ministro também afirmou que pediu a revisão de protocolos policiais. "Estamos trabalhando com estados, a sociedade civil e as corporações para apoiar os bons procedimentos e afastar aqueles que não cumprem a lei, melhorando a segurança de todos. Determinei a revisão da doutrina e dos manuais de procedimentos da Polícia Rodoviária Federal, para aprimorar tais instrumentos, eliminando eventuais falhas e lacunas", completou.

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