ESPERANÇA

Anvisa autoriza pesquisa clínica de medicamento contra leucemia e linfoma

Tomografia de paciente tratado com o CAR-T Cell em que tumores sumiram em 30 dias viralizou e impressionou especialistas e internautas

Tomografia de paciente tratado com o CAR-T Cell em que tumores sumiram em 30 dias viralizou -  (crédito: arquivo pessoal)
Tomografia de paciente tratado com o CAR-T Cell em que tumores sumiram em 30 dias viralizou - (crédito: arquivo pessoal)
postado em 26/09/2023 18:17

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta terça-feira (26), a realização de pesquisas clínicas com o medicamento CAR-T Cell. De acordo com a entidade, as pesquisas têm como objetivo avaliar a "eficácia no tratamento de pacientes com leucemia linfoide aguda B e linfoma não Hodgkin B, recidivados e refratários (ou seja, em casos de reaparecimento da doença ou de resistência ao tratamento padrão)".

Em 2019, o medicamento fez o paciente Vamberto Luiz de Castro ter remissão completa do câncer. Porém, ele morreu logo depois em um acidente doméstico. Além dele, o paciente Paulo Peregrino, morador de Niterói, no Rio de Janeiro, fez o tratamento com o medicamento. Ele tratava um câncer há 13 anos e teve remissão completa do linfoma 30 dias após iniciar o tratamento.

Duas imagens de pet scan, tomografia com uso de contraste, viralizaram nas redes sociais e entre as comunidades médicas ao revelarem o desaparecimento de diversos tumores em um mês de tratamento. Para viabilizar o CAR-T Cell, os pesquisadores brasileiros promovem a reprogramação das próprias células do paciente para atacar e destruir o câncer de forma precisa.

De acordo com a Anvisa, "em laboratório, é feita a transferência de genes de interesse para as células de defesa (linfócito T) do paciente. Tanto a tecnologia de transferência de genes, por meio de vetor viral, quanto a tecnologia de produção das células são avanços em desenvolvimento pelos pesquisadores nacionais, com financiamento do Estado brasileiro.

A autorização da Anvisa para a continuidade das pesquisas vale para a Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto (FUNDHERP), em parceria com o Instituto Butantan. Nesta fase inicial, 81 pacientes com quadros avançados de câncer serão tratados e monitorados. Caso os resultados sejam positivos, a ideia é registrar o medicamento rapidamente e incorporar ao Sistema Único de Saúde (SUS) para que pacientes tenham acesso a tratamento eficaz e e seguro.

Pacientes de Campinas, São Paulo e Ribeirão Preto podem entrar em contato por e-mail para se voluntariar: Terapia@hemocentro.fmrp.usp.br

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação