Crimes

Governo comemora queda na violência no país, em 2023

Mesmo com redução de 2,44%, 1.158 mulheres foram vítimas de feminicídio nos 10 primeiros meses de 2023, aponta relatório

O Brasil registrou, nos 10 primeiros meses de 2023, uma redução nos índices de homicídios, feminicídios, latrocínios, lesão corporal seguida de morte e outros indicadores de violência -  (crédito: Reprodução/Freepik)
O Brasil registrou, nos 10 primeiros meses de 2023, uma redução nos índices de homicídios, feminicídios, latrocínios, lesão corporal seguida de morte e outros indicadores de violência - (crédito: Reprodução/Freepik)
postado em 28/12/2023 03:55 / atualizado em 28/12/2023 14:22

O Brasil registrou, nos 10 primeiros meses de 2023, uma redução nos índices de homicídios, feminicídios, latrocínios, lesão corporal seguida de morte e outros indicadores de violência, é o que aponta a consolidação de dados realizada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Mesmo assim, 166.603 brasileiros morreram de forma violenta entre janeiro e outubro, o que representou uma queda de 2,11% na comparação com o mesmo período de 2022.

As estatísticas foram divulgadas, ontem, no lançamento de um portal do MJSP que reúne 28 indicadores da segurança pública de todos os estados e do Distrito Federal.

Conforme o portal, destaca-se a redução no número de vítimas de latrocínio, que caiu 20,73%, e o número de vítimas de lesão corporal seguida de morte, que recuou em 43,68%. Os homicídios no país ainda vitimam 102 brasileiros por dia, mas representa um recuo de 3,26% em relação a 2022. Os feminicídios, embora ainda alarmantes, caíram em 2,44%, contudo vitimaram 1.158 mulheres nos 10 primeiros meses deste ano.

 

ocorrencias mortes violentas
166.603 brasileiros morreram de forma violenta entre janeiro e outubro de 2023 (foto: pacifico)

Mas nem todos os indicadores foram positivos. No período, mais de 19 mil pessoas morreram em decorrência de acidentes de trânsito, um acréscimo de cerca de 0,5%. Com 44 mortes ao dia, o número de vítimas de suicídio também registrou uma alta de 1,04%. Os suicídios também dispararam entre os profissionais de segurança pública, como policiais, com crescimento de 22,22%. O total de mortes violentas entre esses trabalhadores também avançou. Foram contabilizados 157 casos, o que representa acréscimo de 1,28%.

Também chama atenção a ampliação do encarceramento, com mais de 216 mil mandados de prisão cumpridos, uma ampliação de 12,38% no número de pessoas presas na comparação com o ano anterior.

Flávio Dino, ex-ministro da pasta, comemorou o bom resultado dos primeiros 10 meses do governo Lula.

"Ao analisar os dados que agora estão disponíveis a todos os cidadãos, é possível ver que há um movimento de retomada do combate efetivo à criminalidade. Tivemos atraso nos últimos quatro anos, com uma política armamentista, irresponsável, e que não compactuamos. Em nossa visão, o Estado é quem tem que combater o crime, e estamos fazendo isso, atuando contra organizações criminosas, estruturando o Sistema Único de Segurança Pública, garantindo a segurança na Amazônia e nas fronteiras, entre outras ações", disse Dino em nota.

Dino havia antecipado que esperava uma queda de 6% nos crimes violentos letais intencionais (sigla CVLI), mas a perspectiva foi frustrada com uma queda mais modesta (2,11%), mas ainda superior aos 0,2% do ano anterior, sob o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Armas de fogo

Na semana passada, o MJSP divulgou balanço apontando para uma redução de 79% no registro de armas de fogo no país durante o ano de 2023. Foram 28,3 mil novos registros até novembro, já em 2022, o número chegou a mais de 135 mil. Ainda de acordo com o balanço do Ministério, nas ações das forças federais as apreensões de armas ilegais cresceram em 16% neste ano; 9,8 mil armas apreendidas.

 

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