Renato Cariani e mais duas pessoas são indiciadas por tráfico de drogas

Renato tem mais de 7 milhões de seguidores no Instagram e é sócio da Anidrol Produtos para Laboratórios Ltda - (crédito: Reprodução/Instagram @renato_cariani)

Helena Dornelas

Repórter

Jornalista pelo Centro Universitário de Brasília e repórter de política a ciência e saúde no CB Online do Correio. Uma das roteiristas e apresentadoras do podcast ‘Falando Daquilo’

postado em 30/01/2024 11:15 / atualizado em 30/01/2024 11:23

A Polícia Federal (PF) de São Paulo concluiu o inquérito contra o influenciador fitness Renato Cariani por suspeita de desvio de produtos químicos para a produção de drogas. O influenciador e dois amigos foram indiciados pelos crimes de tráfico equiparado, associação para tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Todos respondem em liberdade. A conclusão da PF foi encaminhada para o Ministério Público Federal (MPF), que poderá ou não denunciar o grupo pelos crimes.

Renato, Fabio Spinola Mota e Roseli Dorth são indiciados pela PF por usar uma empresa química para falsificar notas fiscais de vendas de produtos para empresas farmacêuticas, mas de acordo com a investigação, os produtos eram desviados para a fabricação de cocaína e crack.

O Correio não conseguiu localizar a defesa dos acusados.

Segundo a Polícia Federal, parte do material adquirido legalmente pela Anidrol foi desviada para a produção de entorpecentes entre 2014 e 2021. Para registrar a saída das substâncias, a empresa emitiu cerca de 60 notas fiscais falsas e fez depósitos em nome de "laranjas".

A investigação apontou que em seis anos foram desviados em torno de 12 toneladas de acetona, ácido clorídrico, cloridrato de lidocaína, éter etílico, fenacetina e manitol, substâncias usadas para a produção de cocaína e crack.

O Correio entrou em contato com a Polícia Federal (PF) de São Paulo e o Ministério Público Federal (MPF), mas até o momento não obteve resposta.