![A operação Vino Veritas teve a participação do Ministério Público do Trabalho (MPT) do Rio Grande do Sul e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) - (crédito: Divulgação MTE) A operação Vino Veritas teve a participação do Ministério Público do Trabalho (MPT) do Rio Grande do Sul e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) - (crédito: Divulgação MTE)](https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/02/05/675x450/1_ab3b76e8_2a4d_4e3e_b268_a7ec1d850c1a-34911297.jpeg?20240205160348?20240205160348)
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) resgatou 18 trabalhadores em condições análogas à escravidão em uma propriedade rural no município de São Marcos, no Rio Grande do Sul, na última quarta-feira (31/1). Os trabalhadores foram trazidos da Argentina para trabalhar na colheita da uva. A produção local era comprada por empresas de Santa Catarina e Paraná e destinada ao consumo in natura e à produção de geleias. Entre os resgatados estava uma adolescente de 16 anos.
A operação Vino Veritas teve a participação do Ministério Público do Trabalho (MPT) do Rio Grande do Sul e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que prendeu em flagrante o arregimentador, que também era Argentino. Ele foi conduzido à delegacia da Polícia Federal de Caxias do Sul e é acusado pelo crime de redução à condição análoga à de escravo e tráfico de pessoas.
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Os trabalhadores resgatados são homens, com idades entre 16 e 61 anos, vindos da província de Misiones, na Argentina, e foram aliciados mediante falsas promessas de trabalho, moradia e alimentação. Eles estavam vivendo em alojamentos em condições precárias, superlotadas, sem camas suficientes, dormindo em colchões, sem fornecimento de água encanada para banho e necessidades básicas. Em uma das casas havia o risco de incêndio pela precariedade das instalações elétricas. Os trabalhadores resgatados estavam no local há uma semana.
O MTE, juntamente com o MPT, adota os procedimentos de pós- resgate: a hospedagem dos trabalhadores resgatados em outro local; o cálculo e a cobrança de verbas rescisórias e valores devidos; o encaminhamento do seguro-desemprego para os resgatados e o custeio do retorno do adolescente à sua cidade de origem. O procurador Lucas Fernandes que integra a força-tarefa afirmou que o caso reforça a necessidade de constante monitoramento da cadeia produtiva de uva, para evitar que violações dos direitos humanos se repitam.
*Estagiária sob supervisão de Renato Souza
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