ONU

Organizações de direitos humanos pedem fim de operação no litoral de SP

Grupos também solicitaram que se garanta "uma perícia e investigação independentes, rápidas e imparciais sobre as mortes resultantes"

Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, por sua vez, informou hoje que
Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, por sua vez, informou hoje que "26 pessoas morreram em confrontos com a polícia" no contexto da operação na Baixada Santista que começou em 18 de dezembro - (crédito: Marco Galvão/Alesp)
postado em 17/02/2024 09:26

A Defensoria Pública de São Paulo e organizações de direitos humanos do país pediram, nesta sexta-feira (16/2), à ONU que interceda pelo fim de uma operação policial que já deixou dezenas de mortos no litoral do estado desde o ano passado.

Os órgãos pediram em comunicado conjunto que "se solicite ao Estado brasileiro o fim imediato da operação, evitando a escalada da violência, e o uso obrigatório de câmaras corporais pelos agentes de segurança pública". Também solicitaram que se garanta "uma perícia e investigação independentes, rápidas e imparciais sobre as mortes resultantes".

O documento da Defensoria também é assinado pelas ONGs Conectas Direitos Humanos e pelo Instituto Vladimir Herzog. As organizações apresentaram à ONU "um histórico da denominada Operação Escudo", deflagrada no ano passado, "ressaltando a morte de ao menos nove pessoas entre 20 de janeiro e 9 de fevereiro".

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, por sua vez, informou hoje que "26 pessoas morreram em confrontos com a polícia" no contexto da operação na Baixada Santista que começou em 18 de dezembro. Um dos mortos foi o traficante Rodrigo Pires dos Santos, conhecido como Danone, integrante da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

A polícia também reportou a prisão de 620 pessoas, 226 delas procuradas pela justiça, e a apreensão de 72 armas e 147 quilos de drogas. "Nossas ações de combate ao crime organizado seguem na Baixada Santista, com inteligência operacional e empenho dos nossos policiais", publicou no Instagram o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite.

A mesma região foi epicentro em agosto passado de uma operação contra o crime organizado lançada após o assassinato de um policial. A operação deixou 14 mortos em 5 dias.

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