INFRAESTRUTURA

Onda de calor aumenta o consumo de energia elétrica pelo país

Desde novembro de 2023, o sistema elétrico brasileiro registra sucessivos recordes na demanda instantânea de carga, em função das ondas de calor

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) registrou um novo recorde na demanda instantânea na sexta-feira -  (crédito:  Beth Santos/Secretaria-Geral da PR)
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) registrou um novo recorde na demanda instantânea na sexta-feira - (crédito: Beth Santos/Secretaria-Geral da PR)
postado em 18/03/2024 05:51

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) identificou, na sexta-feira, um novo recorde na demanda instantânea de carga do Sistema Interligado Nacional (SIN). O patamar atingido foi de 102.478MW, sendo atendida por 92,5% de energia sustentável. De acordo com o operador, o comportamento da carga foi influenciado por questões climáticas, principalmente pelas elevadas temperaturas em quase todo o país.

Desde novembro de 2023, o sistema elétrico brasileiro registra sucessivos recordes na demanda instantânea de carga, em função das ondas de calor. O setor vem sendo desafiado por eventos meteorológicos e climáticos. A interação complexa entre fontes hídricas, térmicas, eólicas e solares torna o mercado de energia suscetível a oscilações, impactando não apenas a oferta, mas também os preços para os consumidores.

De acordo com Rafael Vernini, meteorologista e coordenador de Middle Office e Inteligência de Mercado na Safira Energia, o período 2022/23 trouxe preços constantemente baixos, mas o retorno da volatilidade indica que a tranquilidade na comercialização de energia pode ser passageira. "Empresas devem ficar atentas às expectativas de curto, médio e longo prazo, considerando as flutuações de chuva e temperatura, como eventos de estiagem e ondas de calor", afirmou.

Segundo Vernini, a interação complexa entre fontes hídricas, térmicas, eólicas e solares torna o mercado de energia suscetível a oscilações, impactando não apenas a oferta, mas também os preços. "A gestão equilibrada entre o avanço das fontes renováveis e a manutenção da segurança e robustez do sistema é essencial para enfrentar os desafios crescentes do setor elétrico brasileiro", avaliou.

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