Dia Internacional da Mulher

Cresce o número de mulheres que se tornam mães com mais de 40 anos

De acordo com o IBGE, opção por adiar a maternidade se alinha à tendência de aumento da participação delas no mercado de trabalho e ao aumento da escolarização

O número de nascimentos no Brasil teve queda de 13% em 2022 ante 2018, mas apresentou alta dentre as mulheres com mais de 40 anos. A opção de ter filhos para idades mais avançadas foi apontado na pesquisa “Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil”, publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (8/3).

O país registrou 2,56 milhões de nascidos vivos em 2022, ante 2,94 milhões em 2018, uma redução de 383 mil em termos absolutos. A queda dos nascimentos ocorreu principalmente entre as mães mais jovens, houve baixa de dos nascidos vivos entre mulheres de 10 a 19 anos (-30,8%). De 20 a 29 anos, esse número caiu 11,2% e de 30 a 39 anos reduziu em 10%.

Em sentido oposto, o indicador cresceu entre as mães mais velhas, de 40 a 49 anos. Nesse grupo, os nascimentos registraram alta de 16,8%. De acordo com a pesquisa, esse movimento se alinha à tendência de aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho e ao aumento da escolarização.

Em 2022, as mulheres correspondiam a 60,3% dos estudantes concluintes nos cursos presenciais de graduação. A taxa de participação feminina na força de trabalho era de 53,3% neste mesmo ano, percentual ainda muito inferior ao dos homens (73,2%), mas que vem crescendo no longo prazo.

Mortalidade materna

A publicação do também traz dados sobre quesitos como a mortalidade materna, que após alcançar recordes entre 2020 e 2021, voltou a diminuir. A pandemia da covid-19 provocou aumento no número de mortes e queda nos nascimentos, com avanço de 29% na razão de mortalidade materna, que passou de 57,9 por 100 mil nascidos vivos em 2019 para 74,7 em 2020.

Em 2021, a proporção avançou a 117,4 mortes por 100 mil nascidos vivos. Já em 2022, a razão de mortalidade materna caiu, estimada em 57,7 a cada 100 mil nascidos vivos. Trata-se de um patamar similar ao de 2019 (57,9), no pré-pandemia.

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