SÃO PAULO

Homem que matou filha asfixiada morre da mesma forma na prisão

Wellington teria confessado o crime à polícia e estava preso preventivamente

Wellington Rosas morreu Centro de Detenção Provisória (CDP) II de Pinheiros -  (crédito: Reprodução/Polícia Civil de SP/Reprodução redes sociais)
Wellington Rosas morreu Centro de Detenção Provisória (CDP) II de Pinheiros - (crédito: Reprodução/Polícia Civil de SP/Reprodução redes sociais)
postado em 04/04/2024 00:14 / atualizado em 17/04/2024 19:44

O homem suspeito de matar a própria filha foi encontrado morto dentro da cela no Centro de Detenção Provisória (CDP) II de Pinheiros, em São Paulo. De acordo com a TV Bandeirantes, a causa da morte foi a mesma da filha, asfixia. Wellington da Silva Rosas, de 39 anos, confessou o assassinato de Rayssa Santos da Silva Rosas, de 18 anos. Ele asfixiou a jovem e depois pagou para um morador de rua atear fogo no corpo.

De acordo com a TV Bandeirantes, Wellington e outros presos haviam sido retirados da cela enquanto serviços de reforma eram feitos no local. Os detentos teriam sido encaminhados para a enfermaria do Centro de Detenção, de onde, depois de algum tempo se ouviram gritos e Wellington foi encontrado morto.

Wellington teria assediado o companheiro de outro detento, afirma a emissora. O assédio teria ocorrido dentro da enfermaria, onde o suspeito estava em razão de uma reforma na cela dele.

A polícia pediu a conversão da prisão do detento apontado como responsável pela morte de Wellington. Ele seguiu detido em flagrante e as autoridades solicitaram a prisão preventiva ao Judiciário.

O caso foi registrado como homicídio pelo 91º Distrito Policial (Ceasa).

Relembre o caso

Wellington era pai de sete filhos, um deles era Rayssa Santos da Silva Rosas, que foi assassinada quando visitou o pai. De acordo com a polícia, ele confirmou que matou a filha após uma discussão sobre a mãe dela.

Ele alegou aos policiais que ficou com raiva da garota por acreditar que foi ela quem convenceu a esposa a se separar dele. E que Rayssa teria incentivado a mãe a começar a se envolver com outros pretendentes.

O homem teria asfixiado Rayssa na noite de domingo (24/3), em seguida, dormiu com o corpo no seu apartamento. No dia seguinte acordou, foi trabalhar e de noite tirou o corpo do imóvel.

A câmera de vigilância do edifício onde Wellington morava gravou o momento em que o acusado saiu com o corpo da filha dentro de uma caixa em um carrinho de transporte. Na rua, o acusado disse ter pedido a um andarilho para incendiar o cadáver, por R$ 10, dentro de um buraco na Avenida 23 de Maio.

Na segunda-feira, sem a volta da filha, a mãe foi a delegacia onde registrou um boletim sobre o desparecimento.

Na terça-feira (26/3), a Polícia Militar foi acionada por testemunhas que viram um corpo carbonizado numa cratera da Rua Asdrubal do Nascimento, na República. O local foi isolado para o trabalho da perícia da Polícia Técnico-Científica, que recolheu o cadáver e identificou a vítima.

Wellington Rosas foi preso em flagrante por destruição de cadáver. Ele responderia pelo crime de homicídio triplamente qualificado, por asfixia, impedir a defesa da vítima e por feminicídio.

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