FLORESTAS

Brasil reduz em 36% perda de florestas em 2023, revela estudo

Amazônia teve queda de 39% na perda de cobertura florestal, mas cerrado e pantanal apresentaram crescimento

Com a redução, o país diminuiu a participação na perda de florestas nos trópicos de 43% para 30% -  (crédito: Orlando K Júnior)
Com a redução, o país diminuiu a participação na perda de florestas nos trópicos de 43% para 30% - (crédito: Orlando K Júnior)
postado em 04/04/2024 18:17

Pesquisa The Global Forest Review (GFR), publicada nesta quinta-feira (4/4), mostra que o Brasil reduziu em 36% a perda de florestas primárias e nativas em 2023 em relação ao ano anterior. Com a redução, o país diminuiu a participação na perda de florestas nos trópicos de 43% para 30%. Mundialmente, o melhor resultado foi observado na Colômbia, com queda de 49%, resultado de uma série de políticas ambientais implementadas desde a posse de Gustavo Petro em 2022.

Mesmo com números animadores nos dois países, a perda de cobertura florestal manteve uma média parecida com a dos anos anteriores. Com 3,7 milhões de hectares a menos — o equivalente a perder quase 10 campos de futebol por minuto —, o desflorestamento de 2023 foi 9% menor que o de 2022, mas quase idêntico ao de 2019 e 2021.

As melhoras no Brasil e na Colômbia tiveram, como contrapeso, grandes aumentos na Bolívia, com 27%, e em Laos, 47%, além de outros países com aumentos menos expressivos. Além desses territórios, aparecem com parcelas consideráveis na perda mundial de florestas primárias Indonésia, Peru, Malásia, Camarões e a República Democrática do Congo. Levantamento é feito pela World Resources Institute (WRI) em parceria com a Universidade de Maryland.

Cerrado e pantanal tiveram crescimento de desflorestamento

A melhora no cenário brasileiro foi puxada pelo bioma amazônico, que diminuiu o desaparecimento da cobertura arbórea em 39%. No entanto, essa tendência não foi seguida por outros biomas.

No cerrado, epicentro da produção agrícola no país, o desflorestamento aumentou em 6% em relação a 2022. O bioma tem registrado aumento desde 2019. A perda também cresceu no pantanal, principalmente devido a uma “megasseca” e aos incêndios.

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