CRIME ORGANIZADO

PM que dirigia carro utilizado na execução Gritzbach, delator do PCC, é preso

Com a nova prisão deste sábado, já são 16 policiais envolvidos no caso do assassinato de Vinícius Gritzbach. delator do Primeiro Comando da Capital

1º tenente Fernando Genauro da Silva, de 33 anos, teria assumido o volante do Gol preto usado pelos atiradores no momento do crime -  (crédito: Rede Social)
1º tenente Fernando Genauro da Silva, de 33 anos, teria assumido o volante do Gol preto usado pelos atiradores no momento do crime - (crédito: Rede Social)

A Polícia Civil prendeu, na manhã deste sábado (18/1), um policial militar acusado de dirigir o carro utilizado na execução de Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC). Com essa nova prisão, já são 16 agentes detidos por suposto envolvimento no homicídio ocorrido no Aeroporto Internacional de São Paulo, no ano passado. Segundo as investigações, Gritzbach foi morto após denunciar esquemas de lavagem de dinheiro e apontar policiais e outros agentes públicos possivelmente ligados à facção.

Lotado em Osasco, na Grande São Paulo, o 1º tenente Fernando Genauro da Silva, de 33 anos, teria assumido o volante do Gol preto usado pelos atiradores no momento do crime. Ele prestou depoimento no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e, em seguida, foi encaminhado ao Presídio Romão Gomes, onde ficam policiais investigados ou condenados por crimes.

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A detenção aconteceu dois dias após outras 15 prisões na quinta-feira (16), quando uma ação conjunta da Polícia Civil e da Corregedoria da Polícia Militar apreendeu militares que supostamente formavam um “núcleo de segurança” do próprio Gritzbach. Entre eles, catorze prestavam escolta particular ao delator, enquanto um oficial é apontado como o autor dos disparos que mataram a vítima. A hipótese de colaboração entre o atirador e o grupo responsável pela escolta ainda não foi descartada.

Ainda nesta semana, o DHPP também prendeu Jackeline Moreira, de 28 anos, apontada como namorada de Kauê Amaral, o “olheiro” que continua foragido. Segundo a polícia, Amaral informava aos executores sobre a chegada de Gritzbach ao aeroporto. Além disso, em dezembro, um homem foi preso por ter fornecido os automóveis usados na fuga, inclusive aqueles ocupados pelos atiradores.

 

Vanilson Oliveira
postado em 18/01/2025 15:54
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