MINAS GERAIS

Homem é linchado por estuprar enteada de 20 anos com síndrome de down

Jovem contou aos vizinhos que foi estuprada duas vezes pelo padrasto e que ele tentou novamente no dia em que a mãe dela morreu

Conforme relatado à PM, a esposa pegou uma faca para se defender e deu um único golpe no pescoço do marido -  (crédito: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Conforme relatado à PM, a esposa pegou uma faca para se defender e deu um único golpe no pescoço do marido - (crédito: Leandro Couri/EM/D.A Press)

Um homem de 46 anos foi espancado por vizinhos no Bairro Sangradouro, em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, por estuprar a enteada de 20 anos, que tem síndrome de down. De acordo com a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), a jovem foi estuprada duas vezes nas últimas duas semanas, desde que a mãe da vítima, cuidadora legal, foi internada. Depois de mais uma tentativa, a jovem contou aos vizinhos, que se revoltaram e lincharam o suspeito com tijoladas.

Segundo a PM, a corporação foi acionada na noite dessa quinta-feira (23) diante de uma denúncia de estupro de vulnerável e, ao chegar no local, se deparou com uma confusão generalizada. Os vizinhos alegaram que a portadora de síndrome de down estava sendo abusada pelo padrasto, ocasionando a briga. O autor dos estupros foi encaminhado para a Santa Casa de Lagoa Santa devido aos ferimentos.

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Conforme relatado pela vítima, ela decidiu contar sobre os abusos para os vizinhos, pois não tinha mais ninguém para contar, já que a mãe havia sido internada por cirrose há duas semanas e morrido ontem. No mesmo dia, o abusador tentou estuprá-la novamente. Ela contou que o padrasto forçou relações sexuais sem agressões, mas sob ameaças e a chantageando para que não contasse a ninguém. O autor do crime também filmava os atos e chegou a mostrar para outras pessoas.

A vítima alegou que tentou contar à mãe no dia anterior, mas foi reprimida pela mesma. A moça já teve atritos com a mãe e, por isso, ficou receosa em contar a situação. À polícia, ela disse que os abusos ocorreram na própria casa e que o padrasto usou preservativo apenas uma vez.

Um pastor e a esposa dele se disponibilizaram a acompanhar a vítima. O Conselho Tutelar foi acionado e afirmou que não tinha conhecimento dos fatos. O autor do estupro não deu sua versão aos policiais, pois desmaiou durante o atendimento médico e teve que ficar de observação no hospital. Os próprios populares recolheram o celular do homem e o entregaram à PM.

Melissa Souza*
postado em 24/01/2025 09:19 / atualizado em 24/01/2025 09:20
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