Conferência do Clima

Em nova carta, presidência da COP30 apresenta agenda de ação

O documento, assinado pelo embaixador André Corrêa do Lago, inclui 30 ações concretas divididas em seis eixos, como uma estratégia para a implementação do Balanço Global (GST, na sigla em inglês) do Acordo de Paris

André Corrêa do Lago:
André Corrêa do Lago: "Que a COP30 seja o momento em que inauguramos uma nova era em que a ação coletiva se torna nossa solução climática mais duradoura. A hora do mutirão pela Agenda de Ação é agora" - (crédito: Fernando Donasci/MMAMC)

Na quarta carta da presidência da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP30, o Brasil apresenta uma ampla agenda de ações para tirar do papel os compromissos climáticos assumidos desde o Acordo de Paris, que acaba de completar 10 anos.

O documento foi divulgado nesta sexta-feira (20/6) durante a Conferência de Bonn, chamada oficialmente de Sessão de Meio de Ano da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, sigla em inglês), etapa crucial na preparação do encontro sediado no Brasil em novembro

A declaração, assinada pelo presidente da COP30, o embaixador André Corrêa do Lago, inclui 30 ações concretas divididas em seis eixos, como uma estratégia para a implementação do Balanço Global (GST, na sigla em inglês) do Acordo de Paris, documento de avaliação das metas do tratado multilateral.

“A Presidência da COP30 convida todas as partes interessadas, governamentais ou não, a trabalhar conjuntamente para a plena implementação do Acordo de Paris e do GST, não apenas nas contribuições nacionalmente determinadas (NDCs) dos países e na cooperação internacional, mas também em compromissos voluntários no âmbito da Agenda de Ação”, diz o texto. 

A carta propõe a criação de uma “NDC Global” — compromisso que cada país assume para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa e combater as mudanças climáticas, como parte do Acordo de Paris.

A Agenda de Ação deve criar a motivação coletiva para a plena implementação do primeiro balanço geral do Acordo de Paris. “Deve mobilizar todas as partes interessadas para trabalhar ao lado dos governos em prol de causas globais, como interromper e reverter o desmatamento e a degradação florestal até 2030.”

“Também deve apoiar a aceleração da transição energética em todo o mundo, incluindo a triplicação da capacidade global de energia renovável, a duplicação da taxa média anual global de melhorias na eficiência energética até 2030 e a transição para o afastamento dos combustíveis fósseis nos sistemas energéticos, de maneira justa, ordenada e equitativa”, aponta o documento. 

O objetivo é imprimir uma nova dinâmica à ação climática, alinhando os esforços em um "mutirão global". “Que a COP30 seja o momento em que inauguramos uma nova era em que a ação coletiva se torna nossa solução climática mais duradoura. A hora do mutirão pela Agenda de Ação é agora”, reitera o embaixador. 

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postado em 20/06/2025 10:36 / atualizado em 20/06/2025 10:40
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