Por decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, o pedido de Edir Macedo — líder da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da Record — contra a Netflix foi arquivado. A decisão é uma resposta a um recurso com pedido de liminar apresentado por Edir Macedo e Renato Costa Cardoso, bispo da igreja e apresentador de TV, contra uma sentença que negou que trechos do filme "O Diabo no Tribunal" onde os religiosos aparecem fossem cortados ou borrados.
Nas alegações, Macedo e Cardoso pediram que a decisão fosse revista, uma vez que eles não teriam dado consentimento para as gravações. O pedido, no entanto, não prosperou. O desembargador Viviani Nicolau, relator do caso, ponderou que a Terceira Câmara de Direito já julgou o tema em abril deste ano, e além de negar o agravo, determinou arquivamento do recurso. O processo, no entanto, continua.
O departamento de comunicação da Igreja Universal afirmou que a ação está sendo analisada em primeira instância na 36ª Vara Cível.
*Essa matéria foi atualizada às 14h48 desta quinta-feira (3/7). Diferentemente do informado, o processo não foi arquivado.
Confira nota da Universal
"O que realmente aconteceu: apenas que o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo arquivou o recurso de agravo: o qual decidiu sobre o pedido liminar realizado pelos autores do processo, pelo entendimento de ser prematuro o deferimento da liminar, sem analisar o mérito do processo.
O Diabo no Tribunal
O longa de terror foi lançado em 2023 pela Netflix e acompanha um julgamento nos Estados Unidos, no qual o réu alega estar sob possessão demoníaca como justificativa de um assassinato. Macedo, que aparece rapidamente na obra por três vezes, acompanhado do genro Renato Cardoso, argumentou ter o direito de imagem violado e a reputação comprometida devido à associação com a obra.
