A síndrome da pressa é um estado de ansiedade onde a pessoa se sente obrigada a agir rapidamente, mesmo sem urgência real. Este comportamento, descrito por cardiologistas nos anos 70, não é uma doença, mas um gatilho para problemas físicos e mentais, como ansiedade e hipertensão.
Quais são os principais sintomas físicos e mentais?
Os sintomas físicos vão além da agitação, incluindo dores de cabeça tensionais, problemas digestivos (como indigestão), tensão muscular crônica, insônia e cansaço físico inexplicável.
Mentalmente, a síndrome causa dificuldade de concentração, lapsos de memória e ansiedade constante, pois o cérebro está sempre em modo de “urgência”, prejudicando o foco.

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O que causa essa necessidade constante de urgência?
As causas exatas não são claras, mas estão fortemente ligadas ao estilo de vida moderno. A sobrecarga de trabalho, a pressão por metas elevadas e a hiperconectividade (notificações constantes) são os principais gatilhos.
Especialistas também apontam que a negligência com o autocuidado (falta de pausas e lazer) contribui significativamente, pois o corpo nunca tem a chance de “desligar” o modo de alerta.
Quais são as consequências de longo prazo para a saúde?
Viver em estado de alerta eleva cronicamente o cortisol, o hormônio do estresse. Isso aumenta o risco de doenças metabólicas, como diabetes tipo 2 e hipertensão arterial, além de reduzir a eficácia do sistema imunológico.
A vida social também é impactada, com a pessoa perdendo o interesse em atividades de lazer (antes prazerosas) e aumentando o isolamento social, o que pode agravar quadros psiquiátricos.

Como a síndrome da pressa pode ser tratada?
A principal abordagem é a mudança de hábitos e a forma de encarar as situações, focando no autoconhecimento e na autorregulação do estresse para “desacelerar” a mente.
Quando a síndrome evolui para transtornos psiquiátricos (como ansiedade generalizada), o tratamento deve ser guiado por um psicólogo (psicoterapia) ou psiquiatra (que pode avaliar a necessidade de medicação).
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Como prevenir e melhorar o bem-estar diário?
Para que o tratamento seja eficaz, é essencial adotar hábitos saudáveis que ativem o sistema nervoso parassimpático (o modo de “calma”). A Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca o gerenciamento do estresse como pilar da saúde.
A prevenção foca em encontrar um equilíbrio entre as demandas e as necessidades pessoais, dedicando tempo ativamente ao autocuidado. As práticas mais eficazes incluem:
- Manter uma rotina de exercícios físicos regulares (para liberar a tensão).
- Priorizar a higiene do sono (para restaurar o cérebro).
- Praticar hobbies e momentos de lazer (para “desligar” a mente).
- Fortalecer vínculos sociais (família e amigos) como antídoto ao isolamento.










