Passar longos períodos sentado parece um hábito inofensivo, mas a ciência mostra que o impacto no corpo é maior do que a maioria das pessoas imagina. A falta de movimento prolongado afeta músculos, circulação, metabolismo e até o humor. Entender essas consequências ajuda a adotar medidas simples que reduzem danos e melhoram a qualidade de vida.
A circulação fica mais lenta e aumenta o inchaço
Quando o corpo permanece muito tempo sentado, principalmente sem movimentar as pernas, a circulação sanguínea diminui. Isso ocorre porque o retorno do sangue das pernas ao coração depende da contração dos músculos, algo que quase não acontece quando estamos parados.
Como resultado, podem surgir pés e pernas inchadas, sensação de peso e maior formação de varizes. Em casos extremos e prolongados, o risco de trombose aumenta, especialmente quando há predisposição genética ou longas horas de imobilidade.
Confira o vídeo abaixo do Doutor Vinicius Uyemura, no seu canal do TikTok (@drviniciusuyemura), destacando os perigos de ficar muitas horas sentado para o corpo.
Surgem dores na coluna, no pescoço e nos ombros
A postura sentada sobrecarrega regiões sensíveis da coluna, como a lombar e a cervical. Com o passar do tempo, a falta de movimento e a tensão acumulada podem provocar dores constantes.
Essa pressão contínua também aumenta o risco de problemas como hérnia de disco, tensão muscular nos ombros e rigidez no pescoço, especialmente quando a postura é inadequada ou a cadeira não oferece apoio suficiente.
Os músculos perdem força e ficam encurtados
Ficar sentado por horas reduz a ativação muscular, especialmente do core (abdômen e lombar) e dos glúteos. Sem estímulo frequente, esses músculos enfraquecem e deixam de estabilizar o corpo corretamente.
Além disso, músculos posteriores das pernas tendem a encurtar, levando a perda de flexibilidade e maior risco de lesões. Esses efeitos são comuns mesmo em pessoas que praticam atividade física, caso permaneçam sentadas por grande parte do dia.

O metabolismo desacelera e facilita o ganho de peso
Ao permanecer sentado, o corpo consome menos energia e reduz a atividade metabólica. Isso favorece o acúmulo de gordura, podendo resultar em ganho de peso, resistência à insulina e aumento dos níveis de açúcar no sangue.
No longo prazo, estudos associam o comportamento sedentário prolongado ao maior risco de desenvolver diabetes tipo 2 e outros distúrbios metabólicos, mostrando que o impacto vai além de uma simples mudança estética.
A saúde do coração também é afetada
Ficar sentado por muito tempo está ligado ao aumento de doenças cardiovasculares. A circulação mais lenta e o metabolismo reduzido contribuem para o acúmulo de gordura na região abdominal, aumento da pressão arterial e piora dos níveis de colesterol.
Mesmo pessoas que se exercitam regularmente podem apresentar riscos se passam muitas horas do dia sentadas. Por isso, o hábito de interromper longos períodos de inatividade é essencial.

O bem-estar mental pode diminuir
A ausência de movimento prolongado influencia o humor e os níveis de energia. Estudos mostram que longos períodos sentado podem aumentar o estresse, elevar ansiedade e causar sensação de cansaço físico e mental.
A falta de estímulos também prejudica a capacidade de foco e reduz a disposição ao longo do dia, criando um ciclo que impacta diretamente na produtividade e no equilíbrio emocional.
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Como reduzir os impactos de permanecer sentado por muito tempo
É possível diminuir significativamente os efeitos negativos com hábitos simples incorporados ao dia a dia. Entre as principais recomendações estão:
- Levantar-se a cada 30 ou 60 minutos para caminhar por pelo menos 1 minuto.
- Ajustar a postura ao sentar, mantendo coluna ereta e pés apoiados.
- Realizar alongamentos periódicos de pernas, coluna e pescoço.
- Utilizar, quando possível, mesas ajustáveis que permitem trabalhar em pé.
- Incorporar atividades físicas regulares ao longo da semana.









