A dor é uma resposta do nosso sistema nervoso a estímulos potencialmente danosos. Mas você já se perguntou qual parte do corpo sente mais dor? A resposta surpreende muita gente: regiões com maior concentração de terminações nervosas são as mais sensíveis à dor.
Conhecer essas áreas pode nos ajudar a entender melhor como o corpo funciona e como lidar com sensações dolorosas em exames, tratamentos ou acidentes.
Por que sentimos dor?
A dor tem uma função vital: proteger o corpo. Quando há uma lesão ou risco de lesão, os nociceptores — receptores sensoriais específicos — enviam sinais ao cérebro, avisando que algo não vai bem. Esse sistema de alarme nos ajuda a evitar maiores danos e a buscar alívio ou cuidados.
A intensidade da dor varia conforme a região do corpo, tipo de lesão, estado emocional e até mesmo fatores culturais e genéticos.

Quais são as regiões mais sensíveis?
As áreas mais sensíveis à dor são aquelas com maior densidade de terminações nervosas. Entre as campeãs estão a córnea (olhos), ponta dos dedos, lábios, genitais e parte inferior das costas. Essas regiões possuem mais nociceptores, o que faz com que qualquer estímulo seja intensamente percebido.
A boca, por exemplo, além de sensível à dor, também reage com rapidez a mudanças de temperatura ou pressão. Por isso, dores de dente costumam ser tão intensas.
Por que a sensibilidade varia entre as pessoas?
A percepção da dor é subjetiva e pode ser influenciada por genética, experiências anteriores, traumas, ansiedade, depressão e até qualidade do sono. Algumas pessoas possuem uma tolerância maior, enquanto outras sentem dores mais intensamente com os mesmos estímulos.
Além disso, o cérebro pode “amplificar” ou “atenuar” a dor com base no contexto. Em situações de emergência, por exemplo, é possível sofrer uma lesão grave e não sentir dor imediatamente.
O que a ciência diz sobre isso?
Estudos em neurociência e fisiologia confirmam que a distribuição dos nervos pelo corpo não é homogênea. Pesquisas com ressonância magnética funcional mostram que o cérebro responde de forma mais intensa quando estímulos são aplicados em áreas como rosto e mãos.
Esse mapeamento é tão preciso que, na medicina, é usado para orientar anestesias, procedimentos cirúrgicos e tratamentos de dor crônica.
Podemos treinar o corpo para lidar melhor com a dor?
Sim. Práticas como meditação, mindfulness, exercícios respiratórios e técnicas de dessensibilização são eficazes. Além disso, manter uma rotina saudável com sono adequado, alimentação equilibrada e atividade física ajuda a reduzir a sensibilidade à dor.
Compreender onde e como sentimos dor é essencial para cuidar melhor do nosso corpo e buscar estratégias que melhorem nossa qualidade de vida, especialmente em casos de dores crônicas ou recorrentes.










