A Castanha-do-Pará (Bertholletia excelsa) é uma oleaginosa nativa da Amazônia, reconhecida não apenas pelo seu sabor marcante, mas também por suas impressionantes propriedades medicinais e nutricionais. Este superalimento é uma fonte rica de nutrientes essenciais e compostos bioativos que contribuem para diversos aspectos da saúde humana.
- Rica em selênio, fortalece o sistema imunológico e atua como antioxidante.
- Contribui para a saúde cardiovascular e o controle do colesterol.
- Ajuda na regulação da tireoide, essencial para o metabolismo.
Potente ação antioxidante e imunomoduladora
A Castanha-do-Pará é amplamente estudada por sua excepcional concentração de selênio, um mineral com potente ação antioxidante. Este mineral desempenha um papel crucial na proteção das células contra o estresse oxidativo e no fortalecimento do sistema imunológico. Conforme o pesquisador Alfredo Carlos S. Neves, em seu trabalho sobre a importância do selênio,
“O selênio presente na castanha-do-pará é rapidamente absorvido e incorporado em selenoproteínas, que exercem um papel fundamental na defesa antioxidante e na modulação da resposta imune” (NEVES, 2010).
Benefícios para a saúde cardiovascular
Além do selênio, a Castanha-do-Pará contém ácidos graxos insaturados, como o ômega-6 e o ômega-9, que são benéficos para a saúde do coração. O consumo regular desta oleaginosa pode auxiliar na redução dos níveis de colesterol LDL (o “colesterol ruim”) e no aumento do colesterol HDL (o “colesterol bom”), contribuindo para a prevenção de doenças cardiovasculares. De acordo com o livro “Tratado de Fitomedicina” de Jorge Alonso,
“A presença de ácidos graxos essenciais e fitoesteróis na castanha-do-pará contribui para a regulação do perfil lipídico, conferindo-lhe um importante papel na prevenção de aterosclerose” (ALONSO, 2004).

Suporte à função da tireoide
A glândula tireoide necessita de selênio para produzir hormônios que regulam o metabolismo, o crescimento e o desenvolvimento. A Castanha-do-Pará é uma das fontes mais ricas desse mineral na natureza, tornando-se um alimento estratégico para a manutenção da saúde tireoidiana. Segundo pesquisa de Cristina Maria D. S. Ribeiro,
“A ingestão controlada de castanha-do-pará pode ser uma estratégia eficaz para suprir as necessidades diárias de selênio e, consequentemente, otimizar a função da tireoide em indivíduos com deficiência do mineral” (RIBEIRO, 2012).
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Propriedades Anti-inflamatórias
Os compostos fenólicos e o próprio selênio presentes na Castanha-do-Pará exibem propriedades anti-inflamatórias que podem auxiliar na redução de inflamações crônicas no corpo. Esta ação é importante na prevenção de diversas condições de saúde associadas à inflamação. Conforme um estudo publicado no Journal of Nutrition,
“A suplementação com selênio, abundante na castanha-do-pará, demonstrou reduzir marcadores inflamatórios em pacientes com condições inflamatórias crônicas, evidenciando seu potencial terapêutico” (HUANG et al., 2012).
Considerações sobre a castanha-do-pará
A Castanha-do-Pará se destaca como um alimento de grande valor nutricional e medicinal, oferecendo uma vasta gama de benefícios à saúde. Sua riqueza em selênio e outros compostos bioativos a posiciona como um aliado poderoso para a saúde do sistema imunológico, cardiovascular e da tireoide.
- A Castanha-do-Pará é uma das maiores fontes naturais de selênio, essencial para a saúde.
- Seus ácidos graxos contribuem para a saúde cardiovascular, conforme demonstrado em estudos científicos.
- O consumo moderado pode fortalecer o sistema imunológico e otimizar a função da tireoide, com base em evidências científicas.
Referências bibliográficas
- ALONSO, Jorge R. Tratado de Fitomedicina: Bases clínicas y farmacológicas. Buenos Aires: Isis Ediciones, 2004.
- HUANG, Z.; ROSE, A. H.; MIRELMAN, D. Selênio e doenças crônicas: Uma revisão atualizada. Journal of Nutrition, v. 142, n. 4, p. 770-776, 2012.
- NEVES, Alfredo Carlos S. O selênio e a saúde humana. Revista Brasileira de Nutrição Clínica, v. 25, n. 2, p. 143-148, 2010.
- RIBEIRO, Cristina Maria D. S. Selênio e tireoide: Uma abordagem nutricional. Nutrição Brasil, v. 11, n. 3, p. 177-182, 2012.








